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Eike diz que foi um baque gigantesco voltar à classe média

Em entrevista para a Folha de S. Paulo, empresário disse que possui agora um patrimônio de US$ 1 bilhão negativo


	Eike Batista: o antigo oitavo homem mais rico reconheceu que voltou à classe média
 (Jonathan Alcorn/Bloomberg)

Eike Batista: o antigo oitavo homem mais rico reconheceu que voltou à classe média (Jonathan Alcorn/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 19h23.

São Paulo – Depois de chegar ao top 10 dos homens mais ricos do mundo em 2012, o empresário Eike Batista reconheceu, pela primeira vez, ter voltado para a mesma classe que nasceu: a classe média.

Durante entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, o empresário X disse que esse retorno foi um “baque gigantesco para a sua família”.

Segundo as contas do próprio empresário, seu patrimônio atual é de US$ 1 bilhão negativo. Valor nada comparável aos US$ 30 bilhões que possuía dois anos antes.

Apesar disso, Eike disse ainda ter muita esperança que seus negócios funcionem. “Enxergo que vai criar muito valor, e que vai ter um encontro de contas lá na frente”, afirmou para a Folha.

O ex-bilionário também disse esperar que suas ações voltem a valorizar, para, assim, poder reduzir cada vez mais a sua bilionária dívida.

Sobre o processo que corre na justiça, não só Eike não quis comentar, como o seu advogado também não permitiu a maioria das respostas.

No pouco que falou ao jornal, o empresário se defendeu das acusações que de que teria demorado a comunicar o mercado sobre o péssimo quadro das suas companhias e de que teria negociado os seus papéis.

Para ele, não houve crime, já que os papeis não eram dele, mas de credores. Sobre a transferência de bens para a sua família, ele foi claro: foi planejamento familiar.

Contas do Dia a Dia

Ainda hoje, o seu advogado Sérgio Bermudes afirmou que as contas de Eike só têm dinheiro suficiente para cobrir suas “despesas do dia a dia”.

Eike, que já foi a oitava pessoa mais rica do mundo, viu o desmoronamento do seu império no ano passado, liderado pela empresa principal Óleo Gás Participações SA, antes conhecida como OGX.

O empresário também é acusado pelo Ministério Público de usar de modo indevido informações privilegiadas na venda de suas ações na petroleira antes de sua queda.

Acusação que já rendeu o arresto de seus bens, calculados em R$ 1,5 bilhão. A Justiça Federal pediu o bloqueio para futura indenização de prejuízos causados a investidores da petroleira.

Para a Bloomberg, o advogado garantiu que Eike não tem esse valor nas contas, acrescentando que em pelo menos uma conta “resta apenas R$ 1”.

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