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Eike chega para depor na PF, mas deve permanecer calado

O advogado do ex-bilionário, Fernando Martins, informou que a orientação dada ao cliente é de que ele permaneça calado

Eike Batista: orientação do advogado é que empresário só fale em juízo (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eike Batista: orientação do advogado é que empresário só fale em juízo (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 11h10.

Rio - O empresário Eike Batista chegou às 9h20 desta quarta-feira, 8, à Superintendência da Polícia Federal no Rio para prestar depoimento. Ele está preso em Bangu 9 desde o dia 30 de janeiro.

O advogado do ex-bilionário, Fernando Martins, informou que a orientação dada ao cliente é de que ele permaneça calado. O objetivo é falar somente em juízo.

Eike foi chamado para depor pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado e Desvio de Recursos e chegou em um camburão da PF.

Também estão na PF para prestar depoimento os acusados Álvaro Novis, Ary Ferreira Filho, Francisco de Assis, Flávio Godinho e Hudson Braga, preso na Operação Calicute, que levou à cadeia o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), em novembro de 2016.

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Rio defenderam que Eike continue em prisão preventiva em documento entregue à Justiça na última segunda-feira, 6.

Entre os motivos, apontam que o empresário comprou passagem para os Estados Unidos na mesma data de sua viagem, dois dias antes da deflagração da Operação Eficiência.

Eike é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção liderado pelo ex-governador. Todos os acusados estão presos em Bangu.

A PF concluiu o inquérito nesta terça-feira, 7. Doze pessoas foram indiciadas por lavagem, corrupção ativa e passiva e organização criminosa. Eike, que já foi o homem mais rico do Brasil, teria pago US$ 16,5 milhões em troca de benefícios a seus negócios.

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