EDP Brasil: resultado operacional da companhia foi de R$ 644,8 milhões entre janeiro e março, alta de 19,5% na comparação anual (iStock/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 9 de maio de 2018 às 20h16.
São Paulo - A elétrica EDP Brasil, do grupo europeu Energias de Portugal (EDP), reportou lucro líquido de 214,1 milhões de reais no primeiro trimestre, resultado 58,9 por cento superior ao do mesmo período do ano anterior, ajudado por um aumento de margem e um melhor resultado financeiro.
A empresa, que opera distribuidoras de energia em São Paulo e no Espírito Santo e atua em geração e transmissão, teve um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 644,8 milhões de reais entre janeiro e março, ou 19,5 por cento mais que no mesmo trimestre de 2017.
A companhia destacou os efeitos positivos para o resultado de um recebimento de 12 milhões de reais por sua usina de Pecém e de um ganho de 37,8 milhões de reais com operações de proteção contra o chamado "risco hidrológico".
Com isso, a margem bruta da companhia no trimestre foi de 955 milhões de reais, aumento de 9,3 por cento na comparação anual.
Já o resultado financeiro da companhia foi negativo em 101,68 milhões, contra 147,47 milhões negativos no ano anterior, com redução em despesas com empréstimos, financiamentos e debêntures devido à redução das taxas de juros médias pagas nas operações e dos spreads de risco.
A companhia destacou também que o volume de energia entregue por suas empresas de distribuição "cresceu pelo terceiro trimestre consecutivo", o que "consolida o cenário de retomada do crescimento, principalmente nas classes industrial e comercial".
A energia total distribuída pelas concessionárias da EDP cresceu 2,3 por cento na comparação anual, enquanto o número de clientes avançou 1,6 por cento, para quase 3,39 milhões de unidades consumidoras.
Na EDP São Paulo, o volume distribuído aumentou 3,6 por cento na comparação anual, enquanto a EDP Espírito Santo viu avanço de 0,4 por cento.
A receita líquida da EDP Brasil no trimestre somou 2,8 bilhões de reais, alta de 23,3 por cento, principalmente devido ao reajuste tarifário de suas distribuidoras, às operações de proteção contra o risco hídrico em suas hidrelétricas e ao maior volume de energia comercializada.
A dívida líquida da companhia fechou o ano em 4,6 bilhões de reais, alta de 6,2 por cento frente ao primeiro trimestre de 2017. O valor representa uma relação entre dívida líquida e Ebitda de 2 vezes, o que segundo ela "permite a continuidade dos projetos da companhia com risco controlado".
A EDP Brasil investiu 134,2 milhões de reais no trimestre, queda de 19,6 por cento na comparação anual.