Meta: é chegar a 2019 com índices de perdas de energia dentro dos limites regulatórios (./Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de julho de 2017 às 14h55.
São Paulo - A EDP Energias do Brasil tem aumentando seu investimento no segmento de distribuição, com foco no combate às perdas e na aplicação de novas tecnologias, como automação das redes e blindagem da medição, o que deve contribuir para que a companhia alcance os índices de perdas regulatórias até 2019, indicou o presidente da companhia, Miguel Setas. "Estamos trabalhando para antecipar a meta, mas nosso compromisso é com 2019", disse.
Somente no último trimestre, o volume de investimentos da EDP na distribuição foi 8% maior em relação a igual etapa do ano passado, mas Setas destacou que se considerada a evolução frente a dois anos atrás, o investimento recorrente praticamente dobrou, passando do patamar de R$ 300 milhões anuais para um volume entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões por ano.
A meta da EDP é chegar a 2019, quando se encerra o atual ciclo tarifário, com índices de perdas de energia dentro dos limites regulatórios, o que significa reduzir em cerca de 1 ponto porcentual as perdas na sua distribuidora EDP São Paulo (ex-Bandeirante), dos atuais 8,73% para 7,88%, e em 1,7 p.p. as perdas na EDP Espírito Santo (ex-Escelsa), de 13,50% para 11,75%.
"Na Espírito Santo o desafio é maior, mas já esteve em 8 pontos (a diferença entre o registrado e o regulatório), o que nos motiva", comentou.
Somente no segundo trimestre, as perdas recuaram 0,43 p.p. frente ao mesmo período do ano passado, na EDP São Paulo, e em 0,50 p.p. na EDP Espírito Santo.
Energia solar
O desempenho da embrionária área de energia solar distribuída da EDP Energias do Brasil está surpreendendo a administração da companhia, contou Setas.
De acordo com ele, a EDP Grid, que faz gestão de redes inteligentes de distribuição e também executa os projetos de energia solar distribuída, registrou uma demanda entre quatro e cinco vezes superior ao projetado para o ano.
"Essa atividade terá um crescimento exponencial. É um negócio que representa uma parte pequena no resultado da companhia, de menos de 1%, mas temos expectativa de crescimento. É uma aposta para próximos anos que se avizinham", disse.