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Edemar e massa falida do Banco Santos respondem por 50% da dívida da CVM

No ano passado, de acordo com o Relatório Anual da CVM, a dívida ativa total aumentou 35%, alcançando R$ 2,64 bilhões

Edemar Cid Ferreira: apesar da forte concentração da dívida ativa no Banco Santos e em seu controlador, o radar das apurações esteve apontado para desdobramentos da Lava Jato (VEJA/Reprodução)

Edemar Cid Ferreira: apesar da forte concentração da dívida ativa no Banco Santos e em seu controlador, o radar das apurações esteve apontado para desdobramentos da Lava Jato (VEJA/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de maio de 2018 às 15h17.

Rio - O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira e a massa falida de seu Banco Santos respondem por quase metade da dívida ativa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No ano passado, de acordo com o Relatório Anual da CVM divulgado nesta segunda-feira, 28, a dívida ativa total aumentou 35%, alcançando R$ 2,64 bilhões.

De acordo com os números informados pela CVM, 99% desse montante está concentrado em 20 devedores. Em 2016, os 20 maiores devedores respondiam por 91% da dívida. A soma das 20 maiores dívidas cresceu 47% no ano.

Apesar da forte concentração, a dívida ativa no Banco Santos e em seu controlador, o radar das apurações da CVM em 2017 esteve apontado para os desdobramentos da operação Lava Jato no mercado financeiros, principalmente das ações levantadas pela operação Greenfield, que apurou desvios nos maiores fundos de pensão de estatais do País (Previ, Petros, Funcef e Postalis).

Além disso, no relatório de 2017, a CVM destaca as apurações envolvendo a JBS, decorrentes dos fatos ocorridos em maio do mesmo ano, associados à delação premiada dos controladores da empresa, os irmãos Joesley e Wesley Batista.

De acordo com a CVM, os 19 procedimentos realizados, que incluem processos e inquéritos administrativos, já resultaram em três Processos Administrativos Sancionadores (PAS), por indícios de uso de informações privilegiada e de negociações irregulares com derivativos, entre outros fatos. As iniciativas foram feitas em cooperação com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF).

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