Negócios

Ecorodovias tem prejuízo de R$1,18 bi no 2º tri

Nas operações continuadas, o prejuízo foi de 497,2 milhões de reais nos três meses encerrados em junho


	Ecorodovias: o Ebitda somou 27,8 milhões de reais, queda de 90,5 por cento na comparação anual
 (Divulgação/Divulgação)

Ecorodovias: o Ebitda somou 27,8 milhões de reais, queda de 90,5 por cento na comparação anual (Divulgação/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 09h27.

São Paulo - A empresa de concessões de infraestrutura Ecorodovias encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de 1,18 bilhão de reais, ante lucro de 19,6 milhões um ano antes, afetada por efeitos não recorrentes ligados a uma baixa contábil em seus ativos portuários e à venda de ativos de logística, informou nesta quinta-feira.

A Ecorodovias contabilizou baixa contábil de 545 milhões de reais no valor do terminal Ecoporto Santos, cuja operação tem sofrido nos últimos trimestres por conta da queda dos volumes transportados e dos preços de operação de cais e armazenagem.

O desempenho é atribuído pela companhia à retração da economia brasileira, assim como à concorrência acirrada.

No segundo trimestre, a movimentação de contêineres caiu 99,6 por cento na operação de cais e recuou 27,6 por cento na operação de armazenagem, na comparação anual.

O lucro foi afetado ainda pelo impacto não caixa de ativos mantidos para venda da empresa de logística Elog.

Segundo a companhia, a baixa contábil, assim como a venda de unidades da Elog, reduzem a exposição dos próximos resultados aos segmentos de logística e portuário, ajudando na estratégia de focar no setor de concessões rodoviárias.

Esses fatores "não afetarão a capacidade futura da companhia para participar dos leilões de concessões rodoviárias dos programas de infraestrutura, tanto do governo federal como dos governos estaduais", disse a Ecorodovias no balanço.

No resultado comparável, a Ecorodovias teve lucro líquido de 45,2 milhões de reais, alta de 67,9 por cento sobre abril a junho do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 27,8 milhões de reais, queda de 90,5 por cento na comparação anual.

No resultado pró-forma comparável, o Ebitda ficou em 353,9 milhões de reais, alta de 12,3 por cento, com melhora no desempenho de concessões rodoviárias, cujo Ebitda subiu 14,1 por cento.

O volume de tráfego consolidado recuou 0,5 por cento no período, mas a tarifa média consolidada subiu 9,8 por cento.

O capex (investimento) para 2016 foi revisado para 776 milhões de reais, ante previsão de 885 milhões anteriormente, devido a atrasos na obtenção de licenças e economias em função de eficiência.

A participação proporcional da Ecorodovias é de 680 milhões de reais no investimento, ante 780 milhões estimados no balanço do primeiro trimestre.

Texto atualizado às 9h27

Acompanhe tudo sobre:BalançosEcoRodoviasEmpresasEmpresas abertasPrejuízoSetor de transporte

Mais de Negócios

Bertani, a joia do Vêneto, renova presença no Brasil com apoio da Casa Flora

Novo 'OnlyFans' brasileiro quer que conteúdo pago 'saia do submundo'

'As redes sociais nos desconectaram daquilo que mais importa', diz fundador do Orkut

Para Randoncorp, novo arranjo produtivo provocado pelo tarifaço de Trump não é tão novo assim