São Paulo - A Ecorodovias Infraestrutura e Logística divulgou nessa semana seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2010. No semestre, a empresa realizou contratos de compromisso de compra e venda da Armazéns Gerais Columbia e da EADI Sul Terminal de Cargas e um contrato de concessão de direito real de superfícies para ocupação e exploração de uma área de 1,8 milhão de metros quadrados na região metropolitana de Campinas.</p>

Com a Columbia e EADI Sul, serão incorporadas 14 unidades logísticas - sendo quatro centros de distribuição e 10 portos secos - nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. A área total é de aproximadamente 1,8 milhão de metros quadrados. Os processos de autorização para transferência das ações de Columbia e EADI Sul junto à Receita Federal e ao Cade encontram-se em seu trâmite normal de análise, segundo a empresa. "Estamos otimistas quanto ao fechamento dessa operação" disse Marcelino Rafart de Serás. No semestre, a receita bruta da operação foi de 113,6 milhões de reais.

Em julho, os armazéns da Columbia e EADI Sul estão com uma taxa de ocupação acima de 95%. "Isso demonstra o lado objetivo que foi essa nova aquisição, da necessidade de novos investimentos nessa área para ter novos clientes", disse Marcelino Rafart de Serás, presidente da Ecorodovias.

Campinas

O outro investimento em logística é o Ecopátio de Campinas (SP). No terminal intermodal logístico que será desenvolvido na área, haverá áreas alfandegadas, centros de distribuição, pátios para contêineres e transporte rodoferroviário. A expectativa da empresa é investir nele 170 milhões de reais ao longo dos próximos cinco anos, e a previsão de faturamento após esse período é de 200 milhões de reais por ano. A área é de 1,8 milhão de metros quadrados e está a cerca de 18 quilômetros do aeroporto de Viracopos.

"As aquisições fazem parte do planejamento estratégico da Ecorodovias", disse o presidente. A empresa continua focada também no setor de construção rodoviária, analisando as oportunidades existentes no mercado secundário, como o rodoanel, e a BR 21, no Espírito Santo. "Esperamos, nos próximos 18 meses, acordar novos investimentos em nossas atuais concessionárias, investimentos para manutenção e melhoria da fluidez. O objetivo do nosso IPO foi sustentar esse nosso crescimento", disse.

 

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Capex

No segundo trimestre, o capex total foi de 77,5 milhões de reais – pouco maior que o do mesmo trimestre de 2009, quando ele foi de 76,4%. No semestre, o capex foi de 166,7 milhões de reais. O capex estimado para o ano é de 389,4 milhões de reais, sendo 114,3 milhões para a Ecopistas; 114 milhões para Ecovias dos Imigrantes, e 57,3 milhões para logística. O capex estimado para 2011 é de 484,6 milhões de reais, sendo 163,2 milhões para Ecovias dos Imigrantes; 162,3 milhões para Ecopistas; e 85,5 para logística. "No próximo um ano e meio estaremos discutindo investimentos a mais de um bilhão de reais em todas as nossas concessionárias", disse o presidente.

Tráfego de veículos

O tráfego de veículos pagantes nas estradas controladas pela concessionária cresceu 73,6% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No semestre, a alta foi de 71,4%. Desconsiderando Ecopistas, os crescimentos foram de 8,7% e 10,1%, respectivamente.

Em julho a EcoRodovias registrou um crescimento de 49,8% no tráfego total consolidado se comparado ao mesmo período de 2009, com destaque para Ecopistas, com crescimento de 76,8% no tráfego de veículos comerciais e 171,7% na movimentação de veículos de passeio, já comparado a julho de 2009, segundo mês de operação da companhia.

Resultados

A empresa obteve lucro líquido de 61,9 milhões de reais no segundo trimestre. O valor é 33,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro líquido atingiu 181,7 milhões de reais, correspondente a uma margem líquida de 30,4%.

A receita líquida alcançou 295,3 milhões de reais no período, uma elevação de 30,3% em comparação aos 226,6 milhões de reais alcançados no mesmo trimestre de 2009. O aumento na receita líquida ocorreu por causa do maior volume de tráfego consolidado, principalmente na Ecopistas, segundo o presidente da Ecorodovias. Excluindo-se a Ecopistas, que começou a operar a partir de junho de 2009, a receita líquida chegou a 256,7 milhões de reais, alta de 14,9% no trimestre.

A representatividade de cada negócio no valor total da receita bruta (de 318,7 milhões de reais) foi: 45% a Ecovias dos Imigrantes; 13% a Ecocataratas; 12% a Ecopistas; 11% a Ecovia Caminho do Mar; 10% a Ecosul - rodovias do sul; 5% de logística e serviços e 4% outros.

 

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O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 205,8 milhões de reais no segundo trimestre, e de 415,5 milhões de reais no primeiro semestre, atingindo respectivamente as margens de 69,7% e 69,4%. Excluindo-se a Ecopistas, o ebitda atingiu 181,3 milhões de reais e margem de 70,6% no segundo trimestre de 2010 e 371,4 milhões de reais e margem de 70,9% no primeiro semestre de 2010.

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