Ecad cobra, em nome dos autores, 10% da renda bruta conseguida com venda de ingressos. No ano passado o SWU não concordou e conseguiu baixar a taxa para 9,2% (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2011 às 19h01.
São Paulo - A indefinição sobre quanto os organizadores do SWU devem pagar como remuneração ao Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) poderia acabar com a versão atual do evento.
O festival deve R$ 1.037.860,16, relativo a uma parcela do que deveria ser pago pela edição de 2010. O valor representa 70% do total e se refere aos direitos autorais das músicas apresentadas na ocasião.
O Ecad cobra, em nome dos autores, 10% da renda bruta conseguida com venda de ingressos. No ano passado o SWU não concordou e conseguiu baixar a taxa para 9,2%.
Depois de ter acertado as coisas, a organização pagou a garantia mínima: 30% do total cobrado antes da realização do evento. Só que parou aí e o Ecad resolveu acionar a Justiça para conseguir os outros 70%.
O órgão também entrou com uma ação pedindo que o festival deste não seja realizado enquanto não receber o referente às músicas que seriam executadas entre este sábado, 12, e a próxima segunda-feira, 14.
Além disso, o Ecad quer que seus fiscais tenham acesso ao evento. E há ainda um processo contra a Prefeitura de Paulínia, que sediará o acontecimento, por "responsabilidade solidária".
Em 2010, mais de 100 mil ingressos foram vendidos, com valores entre R$ 95 e R$ 640. Este ano foram ofertados 210 mil ingressos, cujos preços vão de R$ 105 a R$ 900.
Em nota, a organização do festival confirmou que discute judicialmente com o Ecad os seus critérios de arrecadação. Mas garantiu que "não procede que o órgão tenha qualquer amparo legal para impedir a realização do festival de 2011".
"O evento acontece normalmente nos dias 12, 13 e 14, em Paulínia", diz a nota.