Bandeiras da companhia elétrica alemã E.ON na sede da empresa, em Essen (Wolfgang Rattay/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2012 às 14h52.
Frankfurt - A E.ON anunciou a venda da rede de distribuição de gás Open Grid Europe por 3,2 bilhões de euros (4 bilhões de dólares) para um consórcio liderado pela australiana Macquarie, levantando dinheiro para pagar dívida e financiar sua expansão.
O negócio divulgado nesta quarta-feira eleva o montante de de desinvestimentos para mais de 12 bilhões de euros, bem a caminho de sua meta de vender 15 bilhões de euros em ativos até o fim de 2013 para ajudar a compensar o impacto da saída do setor nuclear da Alemanha.
"Com este acordo a E.ON deve se desalavancar mais sem a perda de altas margens", disse Hasim Senguel, analista do DZ Bank, acrescentando que o preço foi cerca de 30 por cento acima das expectativas.
A transação deve ser concluída no terceiro trimestre de 2012, segundo a E.ON, maior empresa de energia elétrica da Alemanha.
O consórcio vencedor é composto pelo European Infrastructure Fund 4, da Macquarie; pela Infinity Investments; pela British Columbia Investment Management Corporation (bcIMC); e pela MEAG, unidade de gerenciamento de ativos da Munich Re.
O grupo superou outros consócios, liderados pela francesa GDF Suez, pela alemã Allianz e pela belga Fluxys.
A Macquarie, uma grande força em fusões e aquisições de infraestrutura na Europa, já comprou a rede de gás Thyssengas GmbH, da RWE, por estimados 500 milhões de euros, em negócio anunciado no fim de 2010.
"A Open Grid Europe é uma companhia extraordinária e muito bem administrada em um ambiente estável e regulado", disse em comunicado o chefe da Macquarie Infrastructure and Real Assets na Europa, Edward Beckley.
A Open Grid Europe opera 12 mil quilômetros de rede de distribuição de gás na Alemanha e emprega cerca de 1.600 funcionários, e foi separada de sua matriz em 2010 para atender a exigências da União Europeia.