E.ON: empresa manteve previsões para 2013, esperando queda de até 15% no Ebitda, para entre €9,2 e €9,8 bilhões, e um recuo no lucro líquido de até 48% (Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2013 às 09h15.
Frankfurt - A alemã E.ON advertiu que a queda dos preços de energia no atacado e a concorrência em energia renovável continuariam a corroer seus lucros após divulgar uma queda de 15 por cento no lucro principal do primeiro semestre.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), também conhecida como lucro principal, caiu para 5,7 bilhões de euros (7,58 bilhões de dólares), enquanto o lucro líquido recuou 42 por cento, para 1,9 bilhão de dólares.
O resultado veio ligeiramente acima da média de estimativas de analistas, que apontavam Ebitda de 5,6 bilhões de euros e lucro líquido de 1,8 bilhão.
"Os números por si só não são grandes, mas superaram as expectativas, e isso é tudo o que importa", disse um operador de Frankfurt.
No Brasil, a E.ON é dona 36 por cento da MPX, empresa de energia do empresário Eike Batista, uma participação que poderá aumentar para até 38 por cento depois de aumento de capital de 800 milhões de reais, anunciado no início de julho.
Previsões
A E.ON também manteve suas previsões para 2013, esperando queda de até 15 por cento no Ebitda, para entre 9,2 e 9,8 bilhões de euros, e um recuo no lucro líquido de até 48 por cento, para 2,2 a 2,6 bilhões de euros.
A maior concessionária de serviços públicos na Alemanha disse nesta terça-feira que encerrou ou desativou cerca de 6,5 gigawatts (GW) em capacidade energética de cerca de 11 GW que havia colocado sob revisão.
As empresas do setor vêm sendo atingidas por uma combinação de preços baixos recordes de energia no atacado, fraca demanda na Europa e uma expansão em energia renovável apoiada pelo Estado, que afetou a rentabilidade em gás convencional e nas usinas movidas a carvão.
"Uma visão sóbria da situação indica que, pelo menos para 2013 e 2014, nenhuma recuperação está à vista", disse o presidente-executivo da E.ON, Johannes Teyssen, em carta aos acionistas.