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Drones israelenses sobre estádios estimulam lucro da Elbit

A empresa está buscando um aumento nas vendas no momento em que o Brasil reforça a segurança para a Copa e as Olimpíadas


	Drone Hermes 450 da FAB: o modelo da Elbit já é usado no Brasil na área de segurança
 (FAB/Wikimedia Commons)

Drone Hermes 450 da FAB: o modelo da Elbit já é usado no Brasil na área de segurança (FAB/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 10h08.

Jerusalém - A empresa israelense Elbit Systems Ltd., cujos drones já operam na vigilância de multidões em estádios de futebol no Brasil, está buscando um aumento nas vendas no momento em que o País reforça a segurança para a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos 2016.

“As tecnologias eletrônica e óptica de coleta de informações da Elbit e de nossos parceiros brasileiros são perfeitamente adequadas para o desafio de prover segurança interna nesses eventos”, disse o CEO Bezhalel Machlis em entrevista.

O aumento da demanda na América Latina, Coreia do Sul e Austrália está estimulando os ganhos da Elbit mesmo com o encolhimento dos orçamentos de defesa do mercado norte-americano, que é um mercado chave. O lucro líquido subiu 30 por cento no segundo trimestre, para US$ 50 milhões, disse ele ontem.

No Brasil, a necessidade de garantir a segurança durante os dois maiores eventos esportivos do planeta ganhou maior importância depois da Copa das Confederações, torneio de futebol disputado em junho passado. Nesse mesmo mês um número recorde de pessoas foi às ruas em protesto por uma série de razões, incluindo os gastos em estádios de última geração.

A Elbit, com sede em Haifa, fechou em alta de 3,7 por cento ontem, a 162,80 shekels em Tel Aviv, seu maior ganho desde 10 de abril, o que lhe dá um valor de mercado de US$ 1,86 bilhão. A ação teve o melhor desempenho no índice de referência TA-25, de Israel.


O avanço nos ganhos da Elbit deriva de uma decisão estratégica de focar em tecnologias eletrônicas, ópticas e de defesa cibernética em um momento em que os governos estão reduzindo as plataformas caras, como tanques e artilharias, disse Machlis, em Tel Aviv.

Independente

Em alguns casos, a Elbit ainda está se beneficiando de cortes de verba com defesa, com uma demanda crescente por programas simuladores de combates que tornam possível treinar tropas sem usar munição, disse ele.

No Brasil, a Elbit tem uma joint venture com a Embraer SA por meio da subsidiária da empresa israelense AEL Sistemas, e a Força Aérea já utiliza seus drones Hermes 450.

A Elbit disse neste mês que sua subsidiária australiana venceu uma concorrência de US$ 32 milhões para fornecer um sistema de inteligência à polícia. Entre as atividades de defesa mais tradicionais, a empresa pretende conseguir trabalhar nos programas coreanos de helicóptero de ataque e avião de combate, disse ontem Machlis, 50, em uma teleconferência.

Enquanto a Elbit se une frequentemente a outras empresas em projetos como o de um sistema de defesa antiaérea que está desenvolvendo e que será comercializado com a Boeing Co., Machlis, que em abril sucedeu o veterano Joseph Ackerman como CEO, disse que planeja seguir independente e que qualquer fusão provavelmente enfrentará obstáculos devido ao papel fundamental da empresa no setor de defesa.

As outras grandes empresas de defesa de Israel, incluindo a Israel Aerospace Industries Ltd., a Israel Military Industries Ltd. e a Rafael Advanced Defense Systems Ltd., são estatais.

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