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Drogasil prevê abertura de 50 novas lojas em 2011

Empresa perdeu participação nos mercados de São Paulo e Minas Gerais no ano passado

Drogasil: receita bruta de vendas somou 2 bilhões de reais em 2009 (EXAME.com)

Drogasil: receita bruta de vendas somou 2 bilhões de reais em 2009 (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 15h07.

São Paulo – A previsão da Drogasil para 2011 é a de abertura de cerca de 50 novas lojas e a entrada em um novo estado do país (não divulgado pela empresa) – seguindo sua meta de entrar em um novo estado a cada ano, além de um novo centro de treinamento para 150 pessoas no primeiro trimestre. A rede de farmácias encerrou o ano de 2010 com 338 lojas em seis estados. No ano, foram abertas 57 lojas e a empresa inaugurou sua primeira unidade no Rio de Janeiro.

Em audioconferência realizada nesta quarta-feira (2/3) com analistas, a empresa foi questionada sobre a previsão da abertura de tantas lojas com base nas projeções de inaugurações de outras redes, maior do que a Drogasil. Mas Cláudio Roberto Ely, diretor geral e diretor de relações com investidores, não mostrou preocupação. “Não é pelo número de lojas que medimos nosso crescimento. É o número mais a nossa rentabilidade", disse.

O lucro líquido somou 89 milhões de reais, um crescimento de 19,3% em relação a 2009. A margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações) apresentou resultado de 6,9% das vendas brutas e representa 7,1% da receita líquida de vendas, que somou 2 milhões de reais. A margem teve um tímido salto de 0,3% em relação a 2009, impactado pela expansão da rede, pela estruturação e início da operação do segundo centro de distribuição em Contagem (MG) e mudanças de lay-out das lojas para conformidade com as regras da Anvisa para venda de produtos isentos de prescrição.  “Acelera-se a abertura de novas lojas, num primeiro momento, além dos custos pré-operacionais também tenho a loja mais ineficiente, mas busco um crescimento lá na frente ", disse Ely.

Para adaptar suas lojas às exigências determinadas pela Anvisa, a rede teve o lay-out reformulado, colocando os medicamentos isentos de prescrição atrás do balcão. "Quanto às novas exigências da agência, acho que fomos até mais penalizados que a média do mercado porque nós nos adiantamos, um primeiro impacto pegou mais a gente, difícil pesar num curto período de tempo o que isso diminuiu a venda”, explicou o executivo.

Ele acredita que o mercado de antibióticos pode até diminuir em decorrência de algumas medidas, mas, que para redes estruturadas como a Drogasil, ele irá crescer. "Com o aperto sanitário, as vendas ilegais acabaram e redes formais como nós sentiram um aumento. Acho que no futuro a nossa participação de mercado em antibióticos deve aumentar, o mercado tende a encolher como um todo mas a gente tende a aumentar”, disse. Os genéricos representaram 13,9% da vendas de medicamentos em 2010.


Fatia no mercado

A empresa perdeu participação nos mercados de São Paulo e de Minas Gerais em dezembro por não ter aberto novas unidades nessas regiões e não pretende ter mais lojas por lá. "Vamos procurar mercados com possibilidade de crescimento maior no curto prazo", disse Ely. Em São Paulo a participação passou de 10,5% em dezembro de 2009 para 9,8% em dezembro de 2010. Em Minas Gerais, de 6,2% para 5,4%. A participação no mercado nacional foi de 4,3%.

Destaques

A Drogasil destacou o aumento da participação dos não-medicamentos nas vendas de 2010. A receita bruta de vendas somou 2 bilhões de reais, um crescimento de 16,8% em relação ao ano anterior. Do total, 71,3% foram originados pela venda de medicamentos e 28,7% por não medicamentos. "Essa alteração da receita de vendas deve-se ao aumento do espaço de vendas de higiene pessoal e cosméticos nas lojas", disse Ely. O segmento de não medicamentos cresceu 1,4% na composição do faturamento da empresa. 
 

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