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Droga São Paulo e Máquina de Vendas mostram que o varejo dá o troco mais rápido

Empresas perderam e recuperaram posições de liderança em um mês, aproximadamente

Drogaria São Paulo: ela era a líder no setor, até que, no começo desse mês, a Droga Raia e a Drogasil anunciaram uma fusão e, menos de 30 dias depois, a Drogaria São Paulo reconquistou a liderança (Fernando Moraes)

Drogaria São Paulo: ela era a líder no setor, até que, no começo desse mês, a Droga Raia e a Drogasil anunciaram uma fusão e, menos de 30 dias depois, a Drogaria São Paulo reconquistou a liderança (Fernando Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 17h57.

São Paulo - A união entre Drogaria São Paulo e Pacheco, anunciada hoje, repetiu o movimento “fusão com fusão se paga” observado há um mês no varejo de eletromóveis, e protagonizado pela Máquina de Vendas: Quando o concorrente faz uma aquisição e lhe ultrapassa, nada melhor do que uma compra para voltar ao antigo lugar. “Os processos estão mais rápidos, o pessoal não quer ficar para trás”, disse Eduardo Seixas, diretor sênior da Alvarez & Marsal Brasil.

No caso da Drogaria São Paulo, ela era a líder no setor, até que, no começo desse mês, a Droga Raia e a Drogasil anunciaram uma fusão – e, com mais de 700 lojas e receita bruta de 4,1 bilhões de reais, elas conquistaram a liderança. Hoje, a Drogaria São Paulo, retomou o posto, ao anunciar uma fusão com a Pacheco e, assim, a criação de uma rede com 691 lojas e receita bruta combinada de 4,4 bilhões de reais.

A Máquina de Vendas e o Magazine Luiza, por sua vez, vem protagonizando ultrapassagens dignas de Fórmula 1. A Máquina de Vendas empurrou o Magazine Luiza do segundo lugar no varejo de eletromóveis (liderado com folga pelo Grupo Pão de Açúcar) ao associar-se à city Lar, em 2010. Um ano depois, o Magazine Luiza comprou a Lojas do Baú e voltou ao segundo lugar. Um mês depois, a Máquina de Vendas voltou à vice-liderança ao comprar a rede Eletro-Shopping. 

Pole position

Como nos dois casos as empresas tem tamanhos bem parecidos, ser primeira, segunda ou terceira não faz tanta diferença para o negócio – apenas para o ego dos executivos, segundo Seixas. Ser grande, por sua vez, faz diferença. E muita. “Para a empresa de varejo ter rentabilidade ela precisa ser grande”, disse Seixas. 

Após a união de bancos, redes de bens duráveis e supermercados, está na hora das farmácias – dentro do varejo, sobra apenas o setor de materiais de construção. O cenário para as farmácias é de consolidação, segundo Seixas, para quem, cada vez mais as menores vão desaparecer e as maiores crescer.

No segmento farmacêutico, por mais que as empresas se juntem, elas ainda tem uma concentração pequena se comparada a dos supermercados, por exemplo. As três maiores redes de farmácias do país - Raia-Drogasil; São Paulo/Pacheco e Pague Menos - encerraram 2010 com uma fatia combinada de 28,5%. Redes menores respondem por outros 25,5%. Farmácias independentes representam 42,7% do setor. Os outros 3,3% vêm da venda em canais massificados de varejo, de acordo com um relatório da Fator Corretora, assinado pelos analistas Iago Whately e Caio Walter, na época da fusão Raia Drogasil. Para Seixas, a briga das maiores deve seguir nos próximos anos. 

No “grupo das grandes”, além de Raia Drogasil e São Paulo/Pacheco, Seixas destaca a Pague Menos, que tem muitas lojas no nordeste, e a Brazil Pharma, do BTG Pactual, que já declarou ter interesse em adquirir redes do interior. “Não fosse a crise dos EUA tínhamos tudo para superar o número de fusões e aquisições de 2007 (ano recorde), disse Seixas. O mercado está aquecido, mas a crise trava os processos.

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