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Dow inclui biomassa na matriz de energia e reduz custos

Segundo a Dow, energia térmica será usada pela unidade para fabricar derivados de petróleo e a energia elétrica gerada será disponibilizada ao sistema nacional


	Funcionários em unidade da Dow Brasil: a unidade, que consumiu investimentos de R$ 265 milhões, está localizada dentro da unidade da Dow na Bahia
 (Rogério Montenegro)

Funcionários em unidade da Dow Brasil: a unidade, que consumiu investimentos de R$ 265 milhões, está localizada dentro da unidade da Dow na Bahia (Rogério Montenegro)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 18h00.

Salvador - A Dow Brasil, em parceria com Energias Renováveis do Brasil (ERB), inaugura, nesta quarta-feira, 26, em Candeias (BA), na região metropolitana de Salvador, a primeira fábrica de cogeração de energia usando biomassa para a indústria petroquímica no país.

A unidade, que consumiu investimentos de R$ 265 milhões, está localizada dentro da unidade da Dow na Bahia e produzirá energias térmica e elétrica a partir da queima de eucalipto.

Segundo a Dow, a energia térmica será utilizada pela unidade para a fabricação de derivados de petróleo - matérias-primas para as indústrias de colchões, tintas, medicamentos e cosméticos, entre outras - e a energia elétrica gerada, estimada em 12 MW (o suficiente para abastecer entre 40 mil e 50 mil residências) será disponibilizada para o sistema nacional.

"Com a unidade, vamos poder substituir cerca de 75% de nossa matriz de energia térmica, que hoje é gerada por queima de gás natural", diz o diretor de Operações da Dow Brasil na Bahia, Rodrigo Silveira.

"A mudança vai causar uma redução de cerca de um terço do volume de CO2 lançado pela fábrica na atmosfera, algo como 170 mil toneladas anuais, e vai propiciar para a Dow uma economia entre 20% e 30% nos nossos custos com energia térmica."

Segundo Silveira, a questão econômica foi decisiva para a construção da unidade. "Pagamos, aqui, três vezes mais do que gastaríamos com gás natural em uma planta semelhante nos Estados Unidos", conta.

"Para conseguir deixar nossa produção competitiva com a de outras unidades do mundo, tínhamos o projeto de construir a fábrica nós mesmos, mas preferimos fazer a parceria com a ERB. Foi um projeto construído em conjunto desde o início."

Os investimentos foram feitos pela ERB, com financiamentos obtidos em bancos. Em troca, o contrato assinado entre as partes prevê a garantia de consumo da energia gerada pela fábrica por 18 anos.

O eucalipto será proveniente de fazendas localizadas na região nordeste da Bahia, a um raio de 200 quilômetros da unidade - onde já existe tradição no cultivo das árvores para uso na indústria de papel e celulose. No total, serão necessários 10 mil hectares de plantio, entre fazendas da própria ERB e áreas arrendadas de produtores rurais, para suprir a demanda.

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