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Dow envia funcionários à África para ensiná-los a liderar

Neste mês, empregados de alto desempenho da companhia foram à Etiópia desenvolver projetos para comunidades carentes e aprimorar sua capacidade de liderança. Entenda


	Etiópia: este ano, país foi o destino do programa "Liderança em Ação", da química Dow
 (John Lavall/Wikimedia Commons)

Etiópia: este ano, país foi o destino do programa "Liderança em Ação", da química Dow (John Lavall/Wikimedia Commons)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 11h07.

São Paulo - Neste mês, um grupo de 41 funcionários da multinacional química Dow - incluindo 4 brasileiros - foram enviados à Etiópia, na África, para aprimorar sua capacidade de liderar.

A viagem foi a etapa final da segunda edição do programa "Liderança em Ação", que reúne equipes da companhia para criar soluções para comunidades carentes e, com essa experiência, aprender a comandar melhor.

Ao todo, a agenda dura seis meses. O projeto começa com a seleção dos participantes, que são escolhidos pela empresa entre aqueles empregados que têm alto desempenho e ainda estão no começo da carreira. Na versão de 2014, todos integrantes de São Paulo, por exemplo, tinham menos de 35 anos de idade e entre dois e dez anos de casa.

"A carreira deles é desenhada para essa experiência. No programa, eles tiveram a oportunidade de estar juntos em times, trabalhar virtualmente, ter aulas com outros líderes e, finalmente, colocar as mãos na massa na Etiópia", conta Susannah Thomas, diretora de RH da Dow para a América Latina.

De acordo com ela, a principal vantagem do projeto - que foge dos tradicionais seminários e treinamentos de liderança - é "desenvolver líderes com espírito de comunidade, líderes globais".

"Ao enfrentar desafios do mundo real, damos a essas pessoas não só a oportunidade de conhecerem a si próprias e fazerem coisas que nunca tinham feito antes, como também de contribuírem para atender necessidades humanas", afirma.

Como funciona

Os 41 participantes do programa foram dividos em grupos de quatro ou cinco e, ao todo, apresentaram oito projetos para ONGs etíopes. Os temas eram bastante variados e não necessariamente estavam relacionados às atividades principais da Dow.

Foram desenvolvidos, por exemplo, um estudo sobre desafios de saneamento para startups agrícolas do país, recursos laboratoriais para melhorar a subnutrição no local e até um projeto para transformar milho em polietileno.

As ONGs beneficiadas pelo "Liderança em Ação" são encontradas pela Dow Sustainability Corp, um grupo dentro da empresa combina recursos que os funcionários estão dispostos a oferecer às necessidades de algumas ONGs pelo mundo. "A Dow doa dinheiro, mas acreditamos que há muito mais impacto em doar tempo, habilidades e talentos de nossos funcionários", explica Susannah.

Resultados

Quem participa do programa, assegura Susannah, volta "transformado" e traz ânimo para toda a companhia. "Realmente há um grande impacto. Eles voltam com um grande entusiasmo, é realmente energizante", diz.

No ano passado, o "Liderança em Ação" foi realizado em Gana, também na África. A próxima edição ainda não tem local certo para ocorrer, mas já está garantida, segundo a empresa.

"O que há de único nesse projeto é que nós estamos desenvolvendo líderes para o futuro da organização e, ao mesmo tempo, contribuindo para o avanço de comunidades. A Dow está comprometida com a sustentabilidade não só no discurso, mas na ação. Estamos colocando os nossos recursos onde há necessidades", defende Susannah.

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