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Donos de campos de golfe se recuperam de sua crise mais dura

Donos de campos de golfe e investidores em imóveis estão apostando em uma recuperação após a pior crise do setor


	Bola de golfe da TaylorMade, da Adidas: os desligamentos de sócios diminuíram à medida que praticantes de golfe voltam a adotar o hobby 
 (Reprodução/Facebook)

Bola de golfe da TaylorMade, da Adidas: os desligamentos de sócios diminuíram à medida que praticantes de golfe voltam a adotar o hobby  (Reprodução/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 23h30.

Los Angeles e Atlanta - O executivo do petróleo Ben Kenny investiu dois anos e meio e US$ 24 milhões para melhorar seu campo de golfe à margem do rio Chattahoochee, adicionando lagos, riachos, um novo putting green (campo de prática para tacadas curtas) e uma zona de treino.

Kenny está acrescentando também um centro de tênis e de natação com quadras de saibro estilo Roland Garros no clube de campo Horseshoe Bend, em Roswell, Geórgia, 35 quilômetros ao norte de Atlanta.

Ele está confiante que as melhorias no campo de 40 anos de antiguidade, onde o golfista Phil Mickelson conquistou três títulos do Torneio dos Campeões da Associação Americana Junior de Golfe, compensarão.

“As pessoas pensam que eu sou louco, mas eu não sou”, disse Kenny, 70, presidente da empresa de armazenagem de petróleo Perimeter Oil Co., com sede em Atlanta, que comprou o Horseshoe Bend por US$ 6,1 milhões três anos atrás. “Se for avaliar os números, eu vejo isso como um investimento muito sólido”.

Donos de campos de golfe e investidores em imóveis estão apostando em uma recuperação após uma crise que foi “de longe a mais dura da história no setor”, segundo Charles Staples, um dos fundadores da Fore Golf, que possui 12 campos na Flórida, em Virgínia e em Maryland.

Os preços das propriedades estão subindo e os desligamentos de sócios diminuíram à medida que praticantes de golfe voltam a adotar o hobby após desistir das filiações aos clubes durante a recessão.

Os preços dos campos de golfe nos EUA subiram 57 por cento em 2013, disse Steven Ekovich, vice-presidente de investimentos da National Golf Resort Properties Group, pertencente à Marcus Millichap Inc.


O preço médio de venda foi de US$ 4,25 milhões no ano passado para campos de golfe operacionais com comprimento oficial e pelo menos 18 buracos, avaliados entre US$ 250.000 e US$ 75 milhões.

O mercado atingiu seu ponto mais baixo no ano anterior, quando o preço médio caiu para US$ 2,7 milhões. Os valores continuam abaixo do pico de 2006, de US$ 7,33 milhões, disse a Marcus Millichap.

“Após chegar ao fundo do poço em 2012, o mercado de vendas de campos de golfe parece estar se recuperando e estabilizando”, disse Ekovich.

“Os financiamentos bancários estão retornando lentamente, o preço médio das vendas está se recuperando, há menos execuções hipotecárias e reintegrações de posse feitas pelos bancos e mais campos estão voltando a produzir um fluxo de caixa positivo”.

Maior parte das vendas

Em 2013, a Golf Resort Properties, divisão da CBRE Group Inc., intermediou a maior quantidade de vendas de campos de golfe independentes de 18 buracos em oito anos. A empresa vendeu 15 campos por um preço médio de US$ 4,59 milhões, contra a maior baixa em oito anos, de US$ 1,18 milhão, em 2011. O pico de US$ 7,23 milhões foi atingido em 2006.

“Há dois conceitos diferentes no negócio do golfe: o de associar-se e jogar, ou seja, o lado dos negócios, e o lado das transações”, disse Jeff Woolson, vice-presidente-executivo e diretor-geral da divisão de golfe da CBRE. “Ambos os lados melhoraram”.

As melhorias ajudaram a impulsionar a receita proveniente do Horseshoe Bend em 94 por cento, para US$ 3,49 milhões, e Kenny disse que espera expandir o número de sócios para 1.000 após as renovações.

“Eu estou muito feliz com meu investimento”, disse Kenny. “É bom olhar pela janela um campo de golfe. É melhor que olhar uma carteira de ações que 13 caras estão manipulando para tentar me superar. Você não pode duplicar um investimento imobiliário ao longo do tempo”.

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