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Reckitt Benckiser venderá remédios da Bristol no Brasil

Acordo entre a Reckitt Benckiser e o laboratório lhe dá o direito de vender medicamentos como o Naldecon e o Luftal no país

Vanish: além da marca de limpeza, a Reckitt venderá Naldecon e Luftal no Brasil  (GettyImages)

Vanish: além da marca de limpeza, a Reckitt venderá Naldecon e Luftal no Brasil (GettyImages)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 11h06.

São Paulo – A fabricante britânica Reckitt Benckiser passará a vender na América Latina, principalmente Brasil e México, alguns dos remédios sem prescrição da farmacêutica americana Bristol-Myers Squibb, incluindo o antigripal Naldecon e o antigases Luftal. O acordo de 482 milhões de dólares fechado pelas empresas vale por três anos. A Bristol fechou o acordo por um valor menor ao estimado pelo mercado, de 750 milhões de dólares. 

O negócio com a Bristol se encaixa na estratégia da Reckitt de direcionar o foco de seus negócios para as economias emergentes em meio à demanda de consumo contínuo lento na América do Norte e na Europa, mercados hoje responsáveis por quase metade de todo o faturamento da companhia no mundo.

“É um passo importante na construção de nossa presença no mercado de saúde dos mercados emergentes”, afirmou Rakesh Kapoor, diretor-presidente da Reckitt. Além da área farmacêutica, a Reckitt Benckiser atua nas áreas de cuidados pessoais e é líder mundial nos segmentos de limpeza doméstica com produtos vendidos em 200 países. Entre as marcas da empresa estão Vanish, Harpic, Veja, SBP e Poliflor.

O acordo entre as empresas ainda inclui contratos de fornecimentos e pessoal (não há instalações de produção para serem transferidas) e dá o direito de compra das marcas pela Reckitt depois desse período por um preço estimado de 44 milhões de dólares. Esse valor será baseado na média de vendas líquidas das marcas nos próximos dois anos. No ano passado, elas registraram 102 milhões de dólares.

Trata-se de três marcas no mercado brasileiro – Naldecon, Luftal e Dermodex – e três no México – Tempra, Picot e Graneodin-B. Por aqui, o Naldecon chegou a ser líder de mercado na década passada, mas deixou de ser fabricado em 2010, quando a matriz decidiu fechar as portas da subsidiária como parte de um plano de reestruturação global. No final do ano passado, o produto voltou às farmácias brasileiras por meio de importação. 

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