Negócios

Dona de Assassin’s Creed deixa jogo de graça e doa €500 mil a Notre-Dame

Assassin’s Creed: Unity, que se passa na época da Revolução Francesa, pode ser baixado sem custo pelo computador

O jogo Assassin's Creed: Unity: na série, paisagens como a Catedral de Notre-Dame são protagonistas (Ubisoft/Divulgação)

O jogo Assassin's Creed: Unity: na série, paisagens como a Catedral de Notre-Dame são protagonistas (Ubisoft/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 18 de abril de 2019 às 09h42.

A Ubisoft Montréal, escritório da empresa responsável pela série de jogos que misturam momentos históricos com ficção Assassin’s Creed, anunciou uma doação de 500 mil euros (na cotação atual, 2,2 milhões de reais) para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame, em Paris, atingida por um incêndio na última segunda-feira (15).

Outra novidade será a disponibilização gratuita da versão para computador do jogo Assassin’s Creed: Unity. O jogo retrata a época da Revolução Francesa do século XVII, do ataque à Bastilha até a execução do Rei Luís XVI.

Nos diversos jogos da série, que vão das cruzadas cristãs ao antigo Egito, as paisagens são protagonistas. No caso de Assassin’s Creed: Unity, Notre-Dame era um dos cartões-postais e seus jogadores poderão, agora, realizar um tour virtual gratuito do exterior e interior da catedral pelo computador.

“Daremos a chance de todos terem a experiência da majestade e da beleza de Notre Dame da melhor maneira que conhecemos”, afirmou um porta-voz do estúdio ao jornal britânico The Guardian.

A reconstrução virtual de Notre Dame

A artista Caroline Miousse levou dois anos para recriar a catedral parisiense no universo de Assassin’s Creed: Unity. A Paris do jogo foi remontada com túneis, interior de edifícios e até dez mil parisienses em uma mesma tela, de acordo com o site The Verge.

Notre-Dame é a maior estrutura do jogo. Miousse teve de discutir cada detalhe da catedral e trabalhou com artistas e historiadores para remontar a textura dos tijolos e os detalhes em cada pintura, por exemplo. Os jogadores podem subir até as gárgulas e escalar cada parede para ter uma das melhores vistas da Paris do século XVIII virtual.

Mesmo assim, a artista teve de adicionar detalhes que não estavam prontos na época em que se passa o jogo, mas desejados por quem conhece a versão contemporânea de Notre-Dame. Suas mudanças para se adaptar à época atual, ironicamente, podem facilitar o trabalho de quem agora deve copiar a Notre-Dame virtual para a realidade.

A empresa não confirmou ao The Guardian estar ajudando na reconstrução com sua simulação de Notre-Dame, mas que “ficaria feliz em ajudar”, apesar das mudanças que tiveram de fazer.

“É importante ter em mente que o que fizemos para o jogo não foi uma reconstrução científica, mas artística. Apesar de termos querido ser preciso nos detalhes, há algumas diferenças de escala e em alguns elementos".

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=MquyxyBqZXE%5D

Acompanhe tudo sobre:Catedral de Notre-Dame de ParisDoaçõesGames

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades