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Alpargatas investe na Índia e no Paquistão

No Brasil, Alpargatas estuda projetos de expansão em decorrência da demanda das Olimpíadas e da Copa do Mundo

Espaço Havaianas: a alpargatas encerrou o primeiro trimestre de 2011 com lucro líquido de 87,3 milhões de reais (Fernando Moraes)

Espaço Havaianas: a alpargatas encerrou o primeiro trimestre de 2011 com lucro líquido de 87,3 milhões de reais (Fernando Moraes)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2011 às 09h13.

São Paulo - A Havaianas vai vender seus produtos, por meio de distribuidores, na Índia e no Paquistão. A idéia da empresa é dar início às vendas no segundo trimestre, afirmou José Roberto Lettiere, diretor de administração, finanças e relações com investidores. “Temos um posicionamento diferenciado de preços na Europa e EUA e vemos, nos países mais populosos, espaço para um mix mais diferenciado”, disse.

A Havaianas atua na Europa, por meio de venda direta e também com distribuidores. A partir de 2012, a comercialização de seus produtos será feita somente por meio de venda direta, segundo a empresa. A companhia também vende por meio de distribuidores no Leste Europeu, Oriente Médio e África.

O plano de investimentos da Alpargatas (dona das marcas Havaianas e Topper, entre outras) prevê um capex de 190 milhões de reais. Há três focos de investimentos: marcas, internacionalização e processos (de gestão e otimização, por exemplo).

Resultados

A Alpargatas encerrou o primeiro trimestre de 2011 com lucro líquido de 87,3 milhões de reais – valor 30,5% superior ao do mesmo período de 2010. Em relação ao mesmo período, a receita líquida consolidada subiu 17,4% e somou 586,7 milhões de reais.

Da receita líquida total do primeiro trimestre, 64% foram geradas por sandálias, 26% por artigos esportivos e 10% pelo varejo. No primeiro trimestre de 2010, esses porcentuais foram de 68%, 22% e 10%, respectivamente.

“As condições no ano passado eram mais favoráveis, o mercado estava muito bom do ponto de vista de consumo, de oferta de crédito e de custos de commodities (no caso, borracha e algodão), disse Lettiere. A expectativa da empresa para 2011, no entanto, é positiva.

“O câmbio flutuante ainda não está prejudicando”, disse Lettiere. Cerca de 30% das receitas da Alpargatas são internacionais. “Isso traz um impacto na consolidação em reais, mas nem por isso deixamos de crescer”, disse o diretor.

Copa do Mundo e Olimpíadas

A Alpargatas mantém desde 2010 um comitê interno que estudas projetos para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas que acontecerão no Brasil. “Em 2010 enviamos para a África do Sul uma equipe para ver como as grandes marcas fazem, colocamos pontos de venda das havaianas em Johanesburgo, por exemplo”, disse Lettiere.


A empresa estuda projetos de expansão em decorrência da demanda dos jogos. A expansão de volumes seria voltada, principalmente, para as operações de sandálias. “Na parte de calçados esportivos, fizemos um recente investimento, compramos a operação na Argentina, da Topper e isso trouxe uma capacidade adicional, olhamos agora o modelo de sandálias”, disse o diretor.

China

A Alpargatas afirma que não sente a competição com as marcas chinesas. “A China tem muitas marcas de baixa qualidade, mas não temos nenhum produto competindo em nível de qualidade e posicionamento de marcas com Havaianas”, disse Lettiere.

Mesmo no Brasil, a empresa acredita que sai na frente dos chineses na distribuição dos produtos.  “Temos um posicionamento diferenciado de preços na Europa e EUA e vemos nos países mais populosos o espaço para um mix mais diferenciado”, disse o diretor.
 

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