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Dólar cai 0,35% com cena externa e baixo volume

A moeda norte-americana chegou a abrir em alta ante o real neste pregão, influenciado pela aprovação do projeto de renegociação da dívida dos estados

Dólar: "O otimismo ganhou espaço com percepção de que as coisas estão melhores, sem ruídos. Até o IPCA-15 ajudou, já que mostra que a inflação doméstica está recuando" (Jo Yong hak/Reuters)

Dólar: "O otimismo ganhou espaço com percepção de que as coisas estão melhores, sem ruídos. Até o IPCA-15 ajudou, já que mostra que a inflação doméstica está recuando" (Jo Yong hak/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 17h19.

São Paulo - O dólar terminou em baixa ante o real nesta quarta-feira, pela terceira sessão seguida, sintonizado com o mercado externo e com algum fluxo de venda, potencializado pelo baixo volume de negócios.

O dólar recuou 0,35 por cento, a 3,3320 reais na venda, acumulando perdas de 1,73 por cento em três pregões. O dólar futuro perdia cerca de 0,60 por cento esta tarde.

Na mínima do dia, o dólar atingiu 3,3222 reais e, na máxima, 3,3544 reais.

"Vem havendo fluxo de venda e, mesmo não sendo muito grande, ele tem se sobreposto por causa do volume baixo de negociação neste final de ano", explicou um operador de câmbio de uma corretora nacional.

No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas, após atingir a máxima de 14 anos na véspera, dando uma pausa no avanço visto desde a eleição presidencial nos Estados Unidos em 8 de novembro.

O dólar também recuava sobre algumas divisas de países emergentes, como o rand sul-africano, a lira turca e o peso chileno, e também influenciou o comportamento no mercado brasileiro.

A moeda norte-americana chegou a abrir em alta ante o real neste pregão, influenciado pela aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de renegociação da dívida dos Estados sem contrapartida dos entes.

Entretanto, o fluxo de venda passou a puxar o dólar para baixo, somado à leitura positiva do mercado ao resultado da prévia da inflação oficial de dezembro.

"O otimismo ganhou espaço com percepção de que as coisas estão melhores, sem ruídos. Até o IPCA-15 ajudou, já que mostra que a inflação doméstica está recuando", disse o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

O IPCA-15 veio bem melhor do que o esperado em dezembro e favorece que o Banco Central corte os juros com mais força em breve.

Em novembro, a autoridade monetária reduziu a Selic de 14 por cento para 13,75 por cento ao ano.

Novamente o BC não anunciou nenhuma intervenção no câmbio nesta quarta-feira. A última atuação foi no dia 13 de dezembro.

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