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Divórcio de Bill e Melinda Gates pode ameaçar futuro da fundação do casal

Mark Suzman, o diretor-executivo da Fundação Bill e Melinda Gates, disse a funcionários que está em conversas para fortalecer “a sustentabilidade e a estabilidade no longo prazo”

Melinda Gates e Bill Gates (Frederic Stevens/Getty Images)

Melinda Gates e Bill Gates (Frederic Stevens/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 28 de maio de 2021 às 13h00.

Quando Bill Gates e Melinda French Gates anunciaram seu surpreendente divórcio após 27 anos de casamento, disseram que não haveria mudanças na fundação que leva o nome dos dois e que conta com fundos de US$ 50 bilhões.

O casal anunciou o divórcio, no dia 3 deste mês. Agora, cerca de três semanas depois, após revelações de que Melinda considerou pedir o divórcio anos antes em parte por causa das ligações entre Bill e Jeffrey Epstein, empresário que morreu na prisão acusado de abusar sexualmente de menores, e de seu comportamento duvidoso na Microsoft, surgem alguns sinais de que uma mudança está a caminho para uma das mais poderosas organizações filantrópicas do mundo.

Mark Suzman, o diretor-executivo da Fundação Bill e Melinda Gates, disse a seus funcionários que está em conversas para fortalecer “a sustentabilidade e a estabilidade da fundação no longo prazo”.

“Estou ativamente discutindo com Bill e Melinda passos que eles e Warren devem tomar”, disse o executivo em um comunicado nesta quinta-feira, referindo-se ao bilionário Warren Buggett, o terceiro membro do conselho de patronos da fundação.

Suzman afirmou que decisões ainda não foram tomadas, mas acrescentou que Bill e Melinda “reafirmaram seu compromisso com a fundação e em continuar a trabalhar juntos em favor da nossa missão”.

É a última reviravolta no que parece ser um divórcio cada vez mais amargo. Desde o anúncio da separação postado no Twitter pelos dois, houve relatos de que Bill teve um caso extraconjugal e assediou funcionárias na Microsoft.

O jornal The New York Times informou na quarta-feira que Gates recebeu reclamações sobre o comportamento de Michael Larson, que dirige a Cascade Investment, empresa que há décadas supervisiona a fortuna dos Gates.

As revelações em torno do divórcio têm prejudicado a imagem de tecnofilantropo geek de Gates e levantou dúvidas sobre se ele e a mulher poderão continuar a trabalhar lado a lado na fundação.

O jornal The Wall Street Journal informou nesta quinta-feira que eles estão considerando fazer mudanças na atual estrutura da fundação, que tem um conselho com apenas três curadores: Gates, Melinda e Buffet.

Este último transferiu para a fundação mais de US$ 27 bilhões de seu próprio patrimônio para custear os projetos voltados ao desenvolvimento de pesquisas científicas e causas humanitárias.

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