Carlos Martins: "A medicina de precisão surge numa contexto de que cada indivíduo é um indivíduo. Tem muitas coisas que temos em comum, mas quando falamos do DNA, cada humano é humano. Logo, cada tratamento tem potencial diferente" (Roche/Divulgação)
Victor Sena
Publicado em 29 de setembro de 2021 às 12h09.
Última atualização em 29 de setembro de 2021 às 18h04.
A partir de 1º de outubro o português, Carlos Martins, atual General Manager da Roche Diagnóstica América Central e Caribe, assumirá a liderança da Roche Diagnóstica no Brasil. Carlos substitui Antonio Vergara, presidente anterior, que assumiu em 1º de julho a operação da Roche Diagnóstica na América Latina.
Martins iniciou o trabalho na Roche em 2007, na divisão Diagnóstica de Portugal, como Gerente de Centralized Diagnostics, passando por diversos cargos comerciais sêniores. Antes de juntar-se à Roche, passou por empresas como Johnson&Johnson, Siemens Healthineers e DuPont Pharmaceuticals.
A Roche é líder mundial e local do mercado de diagnóstico in vitro. Os diagnósticos in vitro impactam cerca de 70% das decisões clínicas, representando apenas 0,4% dos investimentos totais em saúde no Brasil atualmente.
Em entrevista à Exame, Carlos Martins afirma que o propósito da Roche Diagnóstica é "levar informação sobre a condição médica do paciente o mais rápido possível ao consultório do médico, porque é essa velocidade que garante na maioria dos casos um sucesso no tratamento."
Além dos testes, equipamentos de última geração e soluções digitais, a empresa tem se dedicado clientes na automação e eficiência laboratorial. Desde março de 2020, a Roche Diagnóstica lançou no mercado brasileiro cerca de 10 soluções para diagnóstico de COVID-19, entre testes rápidos e laboratoriais de PCR, antígeno e de anticorpos, para apoiar a sociedade no controle e combate à pandemia. A empresa foi a primeira a ter um teste de PCR com autorização emergencial da Anvisa.
Outro segmento desafiador que a empresa deve enfrentar é o de se posicionar frente aos desafios da chamada "medicina de precisão".
“A medicina de precisão surge numa contexto de que cada indivíduo é um indivíduo. Tem muitas coisas que temos em comum, mas quando falamos do DNA, cada humano é humano. Logo, cada tratamento tem potencial diferente. O termo medicina de precisão vem desse conceito, de que há um diagnostico que precisa ser feito e o mais cedo possível. O primeiro passou é a identificação dessa doença. Na jornada do paciente, o diagnóstica é tremendamente importante", afirma Carlos.
Com sede na Basileia, Suíça, o Grupo Roche atua em mais de 100 países e tem mais 100 mil funcionários todo o mundo. No mesmo ano, a Roche investiu 12,2 bilhões de francos suíços em Pesquisa e Desenvolvimento e suas vendas alcançaram 58,3 bilhões de francos suíços.