Gustavo Araujo, CEO do Distrito: missão de plugar empresas a startups e ajudá-las a lançar novos produtos e serviços (Distrito/Divulgação)
exame.solutions
Publicado em 12 de julho de 2021 às 10h00.
Última atualização em 12 de julho de 2021 às 12h59.
Todo bom executivo já pensava em transformação digital, mas a pandemia acendeu o alerta e trouxe um maior senso de urgência, principalmente para aquelas companhias que ainda não estavam tão evoluídas nesse tema. Não à toa, a inovação aberta vem ganhando cada vez mais espaço, já que o método — que busca a conexão com startups — mostrou-se mais rápido e eficiente. Assim, teve início um grande movimento de busca de startups por empresas, que podem plugar essas soluções ou até investir e comprar esses negócios como jeito mais ágil para avançar.
Eis a pedra angular do Distrito, maior ecossistema de transformação e inovação aberta do país, cujo propósito é acelerar a inovação nas corporações, alavancar startups, potencializar investimentos e impactar positivamente a sociedade. Fomenta de forma ativa parcerias entre os diversos agentes do mercado que estão olhando para novas tecnologias, modelos de negócios e tendências. Além das empresas e startups, conecta ainda investidores, universidades, associações e governo, construindo soluções para uma nova economia. Tudo isso com a ajuda de uma plataforma e do maior banco de dados sobre startups e inovação do Brasil. “Nosso ecossistema permite, por exemplo, que as empresas que fazem parte possam se plugar a startups e também lançar novos produtos e serviços a partir de seis semanas, crescendo de forma mais rápida”, diz Gustavo Araujo, CEO do Distrito.
Entre estas empresas está a Via, dona das marcas Casas Bahia e Ponto, que passou a fazer parte dessa comunidade para se aproximar de startups. Neste ano, inclusive, anunciou um fundo de corporate venture capital que será gerenciado com ajuda do Distrito e que poderá contar com até 200 milhões de reais ao longo de cinco anos para investimentos em retailtechs e outras startups que contemplem toda a jornada do consumidor, como logística, finanças e marketing.
Além da plataforma de inovação aberta com um sistema inteligente que analisa startups, as pontua de acordo com sua maturidade e faz o “match”, o Distrito ainda possui especialistas em transformação digital e cultura de inovação que fazem aconselhamento estratégico, desenvolvem e implementam novas soluções junto com as empresas, gerando novos modelos de negócios e linhas de receita.
Nascido como hub de inovação em 2017, o Distrito conta hoje com mais de 700 startups residentes em seu programa de desenvolvimento e 15.600 monitoradas em sua plataforma, além de 27 diretamente investidas — entre elas um unicórnio: o Mercado Bitcoin, primeira startup de criptomoeda a receber o título no Brasil. Envolve também cerca de 70 grandes corporações e 150 mentores, num total de mais de 4.000 pessoas que respiram inovação trabalhando em dezenas de novos projetos nos quais novas ideias são testadas todos os meses. Somente as startups associadas movimentaram mais de 30 milhões de dólares no último ano, o que espelha o potencial das conexões proporcionadas pela comunidade.
A cada mês, o ecossistema se traduz em mais de 500.000 interações e eventos com 15.000 participantes ao todo. A quantidade de desafios que já ajudou resolver: 520.
Incentivador da cultura empreendedora, o Distrito atua em quatro frentes complementares: inovação corporativa, investimentos, inteligência de dados e impulsionamento de startups. A primeira delas tem como meta impulsionar grandes empresas em seu processo de transformação. A equipe responsável por essa frente mergulha no ecossistema de startups, realizando um trabalho de pesquisa e desenvolvimento.
O segundo pilar é o de venture capital, no qual o Distrito realiza investimentos em startups. Mas a companhia não se limita a fazer aportes nas residentes. Quando enxerga uma boa oportunidade, aciona investidores de sua rede para apostar em conjunto, comprometendo-se a acompanhar de perto a performance da investida.
Já a área de inteligência de dados, hoje com mais de 150 “data points” (pontos de extração e checagem de dados), realiza mapeamentos, estudos e antecipa tendências sobre o setor de inovação e tecnologia no Brasil. E agora começa a ir para a América Latina, já tendo em sua base milhares de startups da região. Relatórios sobre fintechs, healthtechs, retailtechs e dezenas de outras são disponibilizados mensalmente. É dessa área, por exemplo, que saem os relatórios sobre venture capital que acompanham e mostram a explosão de investimentos em startups no Brasil nos últimos anos — cenário que já demonstra novo recorde em 2021. Alguns estudos também são produzidos a pedido de grandes companhias. “E trazem informações estratégicas que retratam os caminhos trilhados pelo mercado e indicam possíveis direções”, informa o CEO do Distrito.
Há ainda o programa Distrito for Startups, plataforma de desenvolvimento de startups em seus mais diversos estágios que auxilia os empreendedores a avançar com seus negócios, hoje com mais de 700 residentes. Além da plataforma digital, possuem quatro hubs de inovação físicos que remontam às origens do Distrito e onde startups e grandes empresas atuam e também se conectam presencialmente.
Atualmente, o Distrito possui quatro endereços. Três estão localizados em São Paulo. Um deles é focado em fintechs, insurtechs e cybersecurity; outro em adtechs e retailtechs; e o terceiro, situado no Hospital das Clínicas, em healthtechs. A quarta unidade, de perfil mais abrangente, encontra-se em Curitiba. E ainda há os hubs digitais — serão 12 até o fim do ano. O mais recente deles, anunciado em maio, tem como foco o ESG, sigla em inglês que resume boas práticas ambientais, sociais e de governança.
Clique aqui para saber mais sobre o Distrito.