Além do Streaming, outros grandes lançamentos aguardados para este ano podem encher ainda mais os cofres da Disney (Disney/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2019 às 06h32.
Última atualização em 8 de maio de 2019 às 07h06.
Pouco mais de dez dias após emplacar a segunda maior bilheteria da história do cinema, com “Vingadores: Ultimato”, nesta quarta-feira, 8, a Disney irá divulgar o balanço de seu segundo trimestre fiscal de 2019. Os números, que revelarão os lucros da marca entre janeiro e março, ainda não incluem os 2,188 bilhões de dólares que já foram captados com o filme, mas a compra da Fox e o novo serviço de streaming da companhia, anunciados no começo do ano, podem começar a pesar no resultado.
Desde o início do ano, quando começou a negociar a compra da 21st Century Fox, que foi concluída por 71,2 bilhões de dólares após 15 meses de negociações, a Disney anunciou diversas novidades que animaram o mercado e trouxeram ares de renovação para a marca, que hoje tem valor de mercado estimado em cerca de 238 bilhões de dólares.
O primeiro trimestre fiscal da Disney em 2019, entretanto, não trouxe resultados positivos. No período que compreende os meses de outubro, novembro e dezembro de 2018, a Disney lucrou 2,79 bilhões de reais, valor 37% menor que os 4,42 bilhões do mesmo período do ano anterior.
Dona de clássicos infantis e adultos do cinema e de marcas televisivas como o cana de esportes ESPN, a Disney tenta se renovar para não ficar para trás nas mudanças do mercado – que cada vez assiste menos TV ao vivo e vai menos ao cinema. No último mês, com o anúncio de sua plataforma de streaming própria, o Disney+, as ações da companhia chegaram a subir cerca de 9% na bolsa de valores. No mesmo período, as ações da Netflix, concorrente direta do futuro serviço que começará a operar na América do Norte em novembro, caíram cerca de 4%, o que demonstrou o tamanho da ameaça do Disney+ à rival.
Com o Disney+, a marca espera conquistar entre 60 e 90 milhões de assinantes até 2024 e planeja investir pouco mais de 1 bilhão de dólares para financiar a programação original de 2020. O preço anunciado para o plano mais básico da plataforma será de 6,99 dólares, dois dólares a menos que os 8,99 dólares da rival Netflix.
Além da novidade do streaming, outros grandes lançamentos aguardados para este ano podem encher ainda mais os cofres da Disney. Até o final de 2019, a marca irá apostar na continuação de filmes antológicos que, assim como Vingadores, devem fazer sucesso nos cinemas. Dessa forma, o ano que começou com o lucrativo “Vingadores: Ultimato” deve terminar com as novas versões de “Rei Leão” e “Toy Story”, mantendo boa margem de lucro com títulos já consagrados – que, em breve, vão fazer a Disney lucrar tanto nos cinemas quanto nas telas de streaming.