Ralph Lauren: a saída de Larsson será efetiva a partir de 1º de maio, conforme divulgou a empresa (Spencer Platt/Getty Images)
EFE
Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 18h20.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2017 às 19h30.
Nova York - O grupo Ralph Lauren anunciou nesta quinta-feira o pedido de demissão do diretor-geral, Stefan Larsson, que vinha travando disputa pelo controle criativo da empresa com o estilista que dá nome a marca.
"Stefan e eu compartilhamos o amor e o respeito pelo DNA desta grande marca e ambos reconhecemos a necessidade evoluir, mas descobrimos que temos visões diferentes sobre como deve ser a evolução", disse Lauren, por meio de comunicado.
A saída de Larsson será efetiva a partir de 1º de maio, conforme divulgou a empresa, que ainda revelou que a diretora financeira, Jane Nielsen, se manterá em dupla função, até que seja nomeado um novo diretor-geral.
Ralph Lauren explicou que, após muitas conversas com Larsson nas últimas semanas, em reuniões do conselho de administração, chegaram a conclusão que deveriam seguir "caminhos diferentes".
O diretor-geral, por sua vez, garantiu que a saída foi decidida "em comum acordo", e aproveitou para agradecer pela "experiência", se referindo a Lauren como "uma fonte de inspiração", algo que permanecerá sendo.
Larsson ocupava a função de diretor-geral da marca desde novembro de 2015, quando o estilista decidiu deixar o comando da empresa, embora tenha permanecido a frente do setor criativo.
As mudanças acontecem no mesmo dia em que foi divulgado que, no terceiro trimestre do ano fiscal de 2016, as vendas da Ralph Lauren caíram 12%, totalizando US$ 1,67 bilhão (R$ 5,2 bilhões), e que houve queda no lucro de 37%, ficando em R$ 82 milhões (R$ 255,7 milhões).
O grupo, fundada por Lauren há meio século, abrange na atualidade mais de 20 outras marcas, incluindo a Polo Ralph Lauren. Nos últimos anos foram criadas ainda a Polo for Women, Polo Sport e Denim & Supply.
Após a confirmação da renúncia de Larsson, as ações do grupo Ralph Lauren estavam caindo cerca de 11% na Bolsa de Nova York (NYSE), onde sofreram desvalorização de 30% nos últimos doze meses.