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Diretor executivo do Lloyds Banking renuncia a bônus anual

António Horta Osório ficou mais de dois meses sob baixa médica por esgotamento

Osório:  "reconheço que minha baixa teve um impacto dentro e fora do banco, inclusive para os acionistas"
 (Ben Stansall/AFP)

Osório: "reconheço que minha baixa teve um impacto dentro e fora do banco, inclusive para os acionistas" (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2012 às 17h54.

Londres - O resgatado banco britânico Lloyds Banking Group (LBG) anunciou nesta sexta-feira que seu diretor executivo, o português António Horta Osório, renunciou a seu bônus anual após ter ficado mais de dois meses sob baixa médica por esgotamento.

"Creio que meu direito a bônus deve refletir os resultados do grupo, mas também as duras condições financeiras que muita gente está enfrentando", explicou Horta Osório, de 47 anos, em um comunicado divulgado pela entidade.

"Também reconheço que minha baixa teve um impacto dentro e fora do banco, inclusive para os acionistas", disse ele, que retomou posto na segunda-feira passada.

Horta Osório poderia receber em março um bônus de 3,6 milhões de dólares (2,8 milhões de euros).

Apesar da rejeição do bônus, o pacote salarial anual de Horta Osório continua bastante elevado: cerca 15 milhões de dólares (12 milhões de euros), incluindo um salário anual de 1,06 milhão e pagamentos em ações.

A licença de Horta Osório preocupou os mercados, em especial devido ao período complicado vivido pelo setor financeiro europeu.

O LBG, que tem cerca de 40% de participação do Estado, negocia no momento a venda de 600 de suas agências.

"Meu objetivo continua sendo fazer com que o banco volte a ter rentabilidade para que possamos apresentar uma recuperação duradoura e dar aos contribuintes a oportunidade de recuperar seu dinheiro", disse Horta Osório.

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