Negócios

Diniz acusa Casino de agir de forma precipitada e emocionalmente

Abilio afirma ter convicção de que todas as negociações para uma possível fusão foram conduzidas de acordo com a legislação e com princípios da ética comercial

Diniz diz que pretende "ver a proposta apreciada pela companhia e seus acionistas (inclusive o Casino), tendo em vista os melhores interesses do Pão de Açúcar" (Germano Lüders/EXAME)

Diniz diz que pretende "ver a proposta apreciada pela companhia e seus acionistas (inclusive o Casino), tendo em vista os melhores interesses do Pão de Açúcar" (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2011 às 08h56.

São Paulo - O empresário Abilio Diniz publicou hoje comunicado na imprensa em que acusa o grupo francês Casino, seu sócio no grupo Pão de Açúcar, de agir "precipitada e emocionalmente" em relação à proposta de associação com o Carrefour no Brasil. "Até agora, o Casino se ateve, precipitada e emocionalmente, a condenar uma operação sem qualquer análise. A questão principal, do qual não se deve desviar o foco, é a seguinte: a operação é ou não boa para o Pão de Açúcar?", indaga.

Diniz afirma ter convicção de que todas as negociações para uma possível fusão "foram conduzidas de forma absolutamente legítima, de acordo com a legislação brasileira, os acordos de acionistas e os princípios da ética comercial". O empresário diz que o esclarecimento é uma "resposta às graves e infundadas acusações que me foram feitas pelo Casino".

De acordo com o comunicado, "o eventual negócio entre Pão de Açúcar e Carrefour envolvendo não só a combinação das operações brasileiras, mas também o mercado internacional, despertou o interesse de investidores que enxergaram uma grande oportunidade, o que ensejou a apresentação, no último dia 27, de uma proposta". O plano de fusão foi apresentado pelo BTG Pactual, e envolve o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do BNDESPar, o braço de participações do banco estatal.

Diniz continua o comunicado afirmando que "como pode ser verificado pela simples leitura do Acordo de Acionistas (...), tais acordos não vedam simples negociações. Apenas exigem que as decisões sejam tomadas seguindo determinados trâmites ali previstos".

"É exatamente isso que eu pretendo: ver a proposta regularmente apreciada pela companhia e seus acionistas (inclusive o Casino), tendo em vista os melhores interesses do Pão de Açúcar", afirma o empresário.

Ainda conforme o comunicado, "a proposta visa tornar a companhia maior, mais eficiente, mais lucrativa, e com uma governança corporativa mais moderna, ou seja, um Pão de Açúcar melhor para todos os seus colaboradores, acionistas, administradores e consumidores".

O empresário finaliza o texto dizendo que a proposta de fusão "tem que ser analisada com respeito e seriedade" por todos os acionistas. "Comprometo-me a defender sempre os interesses da companhia e de seus acionistas", conclui.

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