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Diageo comprará 53% na United Spirits US$2,1 bi

A Diageo, que tentou comprar a United Spirits pela primeira vez em 2008, disse nesta sexta-feira que passará a controlar uma fatia de 53,4 por cento da maior produtora de bebidas da Índia


	Funcionário da Diageo em destilaria da marca: empresa disse que vai financiar a aquisição com dinheiro e dívida e não espera prejudicar seu rating de "A" 
 (Jeff J Mitchell/Getty Images)

Funcionário da Diageo em destilaria da marca: empresa disse que vai financiar a aquisição com dinheiro e dívida e não espera prejudicar seu rating de "A"  (Jeff J Mitchell/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 16h55.

Mumbai - A Diageo informou nesta sexta-feira que fechou acordo para comprar uma participação majoritária na United Spirits, controlada pelo executivo indiano Vijay Mallya, por 2,1 bilhões de dólares, aumentando esforços de entrada do maior grupo de bebidas do mundo em mercados de rápido crescimento.

A Diageo, que tentou comprar a United Spirits pela primeira vez em 2008, disse nesta sexta-feira que passará a controlar uma fatia de 53,4 por cento da maior produtora de bebidas da Índia em um acordo de duas etapas.

A dona do uísque Johnnie Walker e da cerveja Guinness tem se concentrado em mercados emergentes onde uma crescente classe média está desenvolvendo um gosto por bebidas mais caras. A Diageo também está envolvida em negociações para comprar a fabricante de tequila José Cuervo.

"Esta (a Índia) se tornará o segundo mercado da Diageo após os Estados Unidos, e se você analisar as projeções do que está acontecendo com a classe média emergente (...) tem o potencial de se tornar nosso maior mercado a longo prazo", disse o vice-presidente de Operações da Diageo, Ivan Menezes.


A Diageo disse que vai financiar a aquisição com dinheiro e dívida e não espera prejudicar seu rating de "A" -- ou sua capacidade de realizar novas aquisições.

A companhia acrescentou que o acordo, que avalia a United Spirits a 20 vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), elevaria o lucro por ação a partir do segundo ano.

"Claramente é um negócio que pode crescer rapidamente e onde a lucratividade pode facilmente dobrar em quatro a cinco anos, então (...) não acho que seja um acordo caro demais", disse o analista Ian Shackleton, do Nomura International.

Se o acordo conquistar aprovação regulatória e de seus acionistas, será o maior acordo indiano de fusão ou aquisição para entrada em novos mercados desde que a petroleira britânica Cairn Energy vendeu uma participação majoritária em suas operações indianas à Vedanta Resources no ano passado.

A principal questão regulatória envolve o uísque Whyte e Mackey, da United Spirits, que a Diageo --maior produtora de uísque scotch do mundo-- provavelmente teria de vender. O presidente-executivo da Diageo, Paul Walsh, disse que a aquisição não depende do Whyte and Mackay.

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