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Dia pega brasileiros pelo preço e prevê crescimento no país

“Esperamos um crescimento de dois dígitos em 2015, um desafio significativo para qualquer distribuidor no atual contexto do país”, afirmou o presidente da rede


	Supermercado Dia: “Esperamos um crescimento de dois dígitos em 2015, um desafio significativo para qualquer distribuidor no atual contexto do país”, afirmou o presidente da rede
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Supermercado Dia: “Esperamos um crescimento de dois dígitos em 2015, um desafio significativo para qualquer distribuidor no atual contexto do país”, afirmou o presidente da rede (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2015 às 13h13.

A Distribuidora Internacional de Alimentación SA, rede espanhola de supermercados que obtém mais de um terço de suas receitas nos mercados emergentes, estima que as vendas no Brasil, atingido por uma recessão, aumentarão mais de 10 por cento neste ano porque os consumidores são atraídos pelos preços mais baixos.

“Esperamos um crescimento de dois dígitos na moeda local em 2015, um desafio significativo para qualquer distribuidor no atual contexto do país”, disse Amando Sánchez, diretor corporativo da empresa em Madri, em e-mail de resposta a perguntas.

Os clientes estão “mais atraídos pelo preço do que nunca”, o que os leva aos supermercados Dia.

As redes de varejo do Brasil estão disputando as vendas em um momento em que o país enfrenta sua recessão mais aguda em 25 anos e em meio a uma desvalorização de 33 por cento do real em relação ao dólar neste ano.

Sánchez disse que o modelo de negócio do Dia é resistente a ciclos econômicos, ressaltando o aumento na participação de mercado durante os cinco anos de crise econômica na Espanha, que terminou em 2013.

A rede Dia não tem planos de se proteger do risco cambial no país porque a maior parte de suas compras e despesas operacionais é paga em reais, disse Sánchez.

A empresa não mudou seus planos de expansão para o Brasil e abrirá um total de 132 lojas neste ano, aproximadamente a mesma quantidade de 2014, disse Sánchez.

As receitas líquidas no Brasil subiram 8,1 por cento no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado, para 759 milhões de euros (US$ 847 milhões), e representaram mais de 17 por cento do total, disse a empresa em julho.

As ações subiam 1,7 por cento, para 5,18 euros, às 13h33, em Madri, diminuindo as quedas deste ano para 5,2 por cento.

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