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Deutsche Bank reduzirá balanço para atender regras

O maior banco da Alemanha espera dar detalhes de seu plano quando apresentar o resultado do segundo trimestre na terça-feira


	O jornal Financial Times noticiou que o Deutsche Bank planeja cortar seu balanço em até 20% para atingir a taxa mínima de alavancagem de 3% até o fim de 2015
 (Getty Images)

O jornal Financial Times noticiou que o Deutsche Bank planeja cortar seu balanço em até 20% para atingir a taxa mínima de alavancagem de 3% até o fim de 2015 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 12h44.

Frankfurt - O Deutsche Bank planeja reduzir seu balanço substancialmente nos próximos dois anos e meio para atender as novas regras que tornam os bancos mais resistentes à crise, disseram fontes familiarizadas com o banco nesta segunda-feira.

O maior banco da Alemanha espera dar detalhes de seu plano quando apresentar o resultado do segundo trimestre na terça-feira, disse uma das fontes.

O jornal Financial Times noticiou que o Deutsche Bank planeja cortar seu balanço em até 20 por cento para atingir a taxa mínima de alavancagem de 3 por cento até o fim de 2015, citando pessoas com conhecimento dos planos.

O Deutsche Bank não quis comentar.

Os planos seguem a última ação de reguladores financeiros para assegurar que bancos possam lidar sozinhos com futuros problemas e não depender de resgates estatais como os feitos durante a crise financeira de 2007-2009.

Os planos do Deutsche Bank de reduzir o balanço não devem ter um grande impacto no lucro, disse uma das fontes. Mas analistas tiveram uma avaliação contrária.

Philipp Haessler, da corretora Equinet, disse que acelerar a redução do balanço é provavelmente uma boa ideia mas afirmou ser improvável que os lucros não sejam afetados.

"Reduzir o caixa de 240 bilhões de euros pela metade ou cerca disso não irá prejudicar muito a lucratividade do Deutsche Bank. Mas reduzir a unidade de negócios não essenciais (de 90 bilhões de euros) ou reduzir a carteira de financiamentos irá, claro, ter um efeito negativo nos ganhos", disse.

O banco disse recentemente que seu nível de alavancagem era de 2,1 por cento usando as regras IFRS europeias e de 4,5 por cento com as regras de contabilidade dos Estados Unidos, geralmente aceitas.

A diferença ocorre devido à forma como os derivativos são contabilizados no banco.

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