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Deutsche Bank eleva lucro, mas queda da receita derruba ações

Lucro líquido do banco no primeito trimestre subiu para 575 milhões de euros, ante 236 milhões um ano antes

Deutsche Bank adotou a estratégia de simplificar seus negócios e cortar laços com milhares de clientes (Daniel Roland/AFP)

Deutsche Bank adotou a estratégia de simplificar seus negócios e cortar laços com milhares de clientes (Daniel Roland/AFP)

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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2017 às 09h41.

Frankfurt - O Deutsche Bank mais que dobrou o lucro no primeiro trimestre, mas suas ações caíam nesta quinta-feira com a reação do mercado à queda das receitas do maior banco alemão.

O lucro líquido do período subiu para 575 milhões de euros, ante 236 milhões um ano antes.

A ações do Deusche caíam 2,8 por cento na bolsa, enquanto oprincipal índice acionário alemão cedia 0,15 por cento, com analistas apontando a queda de 9 por cento na receita.

Embora as receitas da divisão de negociação de títulos do Deutsche tenham subido 11 por cento, refletindo aumento na negociação de produtos de taxas de juros, commodities e câmbio, as vendas caíram 10 por cento em negociação de ações entre outras áreas, após a crise no banco no ano passado.

"Os clientes estão retornando após a turbulência no final do ano passado", disse o presidente-executivo do banco, John Cryan.

O Deutsche Bank adotou a estratégia de simplificar seus negócios e cortar laços com milhares de clientes, recuando para o sexto lugar na negociação de juros, commodities e câmbio no fim de 2016, ante terceiro em 2013.

Em seu pequeno negócio de gestão de ativos, a Deutsche reverteu uma tendência de saída de ativos que havia visto nos últimos seis trimestres e teve captação líquida de 5 bilhões de euros no trimestre.

As provisões para litígios caíram acentuadamente após terem atingido níveis recordes no quarto trimestre, inclusive para venda de hipotecas tóxicas e problemáticas operações russas.

O Federal Reserve dos EUA multou o Deutsche Bank em 157 milhões de dólares este mês por violar regras de câmbio e por ter infringido a regra Volcker para investimentos especulativos.

Após incorrer num contencioso de 15 bilhões de euros desde 2009 por apostas extravagantes e má conduta, uma investigação por violações de sanções é a única dor de cabeça legal grande no momento, que o Deutsche espera concluir antes do final do ano.

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