Esta foi a segunda vez que a ex-diretora dos tabloides sensacionalistas 'The Sun' e o extinto 'The News of the World' foi detida por sua relação com a espionagem na imprensa (Max Nash/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2012 às 09h55.
Londres - As seis pessoas detidas na terça-feira por seu suposto envolvimento nas escutas ilegais cometidas por veículos da News Corporation, entre eles Rebekah Brooks, ex-braço direito de Rupert Murdoch no Reino Unido, foram libertadas após pagarem fiança, confirmou nesta quarta a Scotland Yard.
A ex-executiva-chefe da News International - divisão britânica do império de Murdoch - e seu marido Charlie Brooks, amigo de infância do primeiro-ministro, David Cameron, foram detidos na manhã da terça-feira por suposta obstrução da Justiça e libertados à noite após pagarem fiança.
Esta foi a segunda vez que a ex-diretora dos tabloides sensacionalistas 'The Sun' e o extinto 'The News of the World' foi detida por sua relação com a espionagem realizada durante anos por jornalistas da News International.
Seu marido, Charlie Brooks, de 49 anos, um conhecido treinador de cavalos e colunista do conservador 'Daily Telegraph', foi detido sob a mesma acusação.
O casal estava entre as seis pessoas - cinco homens e uma mulher - interrogadas na terça em diferentes delegacias inglesas pela Scotland Yard, que não revelou as identidades dos suspeitos.
Segundo a polícia, os detidos deverão se apresentar novamente à delegacia no mês que vem, em datas que ainda serão confirmadas.
Com exceção dos Brooks, os agentes indicaram que os outros detidos são homens de 39, 46 e 48 anos, além de um quarto, de 38, preso no condado de Hertfordshire (sul da Inglaterra), que permaneceu enclausurado por mais tempo que os demais em uma delegacia do centro de Londres antes de ser liberado mediante fiança.
A News International também confirmou na terça que entre os detidos estava seu diretor de segurança, Mark Hanna.
O 'News of the World' foi centro de um enorme escândalo em 2011 ao vir à tona que interceptou durante anos de forma ilegal mensagens de telefones celulares de famosos, além de vítimas de terrorismo e membros das Forças Armadas, com o fim de obter reportagens exclusivas.