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Detido ex-diretor executivo do News of the World

Neil Wallis, preso pelo suposto envolvimento nas escutas telefônicas ilegais do dominical sensacionalista, é o novo detido pelo escândalo

O escândalo causou uma grande controvérsia no Reino Unido, levando ao magnata da imprensa Rupert Murdoch  a retirar sua oferta pela compra das ações do BSkyB (Peter Macdiarmid/Getty Images)

O escândalo causou uma grande controvérsia no Reino Unido, levando ao magnata da imprensa Rupert Murdoch a retirar sua oferta pela compra das ações do BSkyB (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 12h36.

Londres - O ex-diretor executivo do "News of the World" Neil Wallis foi detido nesta quinta-feira em Londres pelo suposto envolvimento nas escutas telefônicas ilegais do dominical sensacionalista, o nono detido pelo escândalo, informou nesta quinta-feira a Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard).

Aos 60 anos, o ex-diretor foi interrogado em uma delegacia sob a suspeita de conspirar para interceptar as ligações.

Wallis, detido em sua casa em Londres, trabalhou como subdiretor do dominical em 2003 junto com o ex-diretor Andy Coulson antes deste ser nomeado como diretor-executivo do rotativo em 2007.

Entre os detidos pelo caso está Coulson, antigo chefe de imprensa do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, detido na sexta-feira, embora tenha sido colocado em liberdade após o pagamento de fiança.

O escândalo causou uma grande controvérsia no Reino Unido, a tal ponto que o magnata da imprensa Rupert Murdoch se viu obrigado na véspera a retirar sua oferta pela compra total das ações do canal de TV pago BSkyB, do qual tem 39%.

Nesta quinta-feira, o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, disse que Murdoch deve prestar contas e apresentar-se na próxima semana ao Comitê de Cultura da Câmara dos Comuns que o citou, apesar do empresário não ter confirmado que vá se apresentar.

Além de Murdoch estão convocados a comparecer também seu filho, James Murdoch, e Rebekah Brooks, ex-diretora do "News of the World".

"Se eles têm um pingo de senso de responsabilidade pela sua posição de poder, deveriam vir e explicar diante do comitê parlamentar", disse nesta quinta-feira Clegg à rede pública britânica "BBC".

Em 2006, revelou-se que alguns jornalistas do "News of the World" recorriam supostamente aos grampos telefônicos para interceptar comunicações de famosos, concretamente as mensagens deixadas nas caixas de correio de voz de celulares.

Na lista das pessoas que tiveram os celulares interceptados a atriz Sienna Miller; o ex-vice-primeiro-ministro John Prescott e o príncipe William, o que fez com que a trama do dominical sensacionalista fosse descoberta.

Na semana passada, a crise estendeu-se com a divulgação que entre os telefones grampeados estava o de uma menina assassinada e os de familiares de vítimas de terrorismo e de soldados mortos em combate.

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