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Desvalorização do real prejudica Petrobras, diz Bendine

O presidente da estatal disse que a desvalorização do real em relação ao dólar traz prejuízos, devido necessidade de importações


	Aldemir Bendine, presidente da Petrobras: "apesar de termos uma política de 'hedge' cambial muito boa, a desvalorização do real traz prejuízos"
 (Valter Campanato/ABr)

Aldemir Bendine, presidente da Petrobras: "apesar de termos uma política de 'hedge' cambial muito boa, a desvalorização do real traz prejuízos" (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2015 às 16h41.

Brasília - O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou que a desvalorização do real em relação ao dólar traz prejuízos à empresa.

"Apesar de termos uma política de 'hedge' cambial muito boa, a desvalorização do real traz prejuízos à companhia, porque temos necessidade de importações", disse Bendine, que participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

Segundo Bendine, a redução do preço do barril do petróleo - que barateia os gastos da Petrobras com importação - não compensa as perdas com a desvalorização do real, movimento que, por outro lado, encarece as importações.

O presidente da Petrobras também afirmou que "hoje a empresa não tem mais descrédito junto a financiadores e investidores", após um "esforço" para a divulgação do balanço de 2014 da companhia.

Futuro

Bendine disse ainda que a empresa precisa "diminuir a ansiedade" em relação à retomada da companhia. "Não vamos conseguir dar resposta a cada dia, a cada mês. É um processo gradativo", afirmou.

Ao fim de quase cinco horas de audiência, Bendine disse que a Petrobras é uma vítima do processo de corrupção identificado pela Operação Lava Jato e que vai fazer todos os esforços para colaborar com a operação. O presidente pediu um voto de confiança para a companhia.

"A Petrobras passou por um momento muito difícil de sua existência onde determinados elementos utilizaram da empresa para malfeitos", completou. "A empresa tem uma potencialidade enorme. Tem um grande desafio, que é o seu endividamento, mas é controlável."

Segundo Bendine, a Petrobras continuará investindo e colaborando com o crescimento do País. "A empresa não vai entrar em marcha à ré", prometeu.

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