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Descubra os atributos da suíte mais cara do mundo

Michael Douglas, Céline Dion e Matt Damon são algumas das celebridades que já se hospedaram na suíte Royal Penthouse do hotel President Wilson

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Quem pagaria US$ 65 mil por uma diária de hotel? Esse é o preço da mais luxuosa "suíte" da Europa e a mais cara do mundo. Michael Douglas, Céline Dion e Matt Damon são algumas das celebridades que já se hospedaram na suíte Royal Penthouse do hotel President Wilson, um hotel de cinco estrelas localizado em Genebra, às margens do lago Leman.

O enorme piano de cauda do salão já foi tocado por ninguém menos que o 'Rei do Pop', Michael Jackson, quem, como lembram no hotel, "organizou uma festa privada na suíte para um grupo de amigos" durante sua passagem pela bela cidade suíça.

Mas o que tem demais a famosa suíte para que celebridades, reis e presidentes não hesitem em pagar esse preço inviável aos pobres mortais? Para começar, espaço: com uma área de 1.680 metros quadrados, a Penthouse ocupa todo o oitavo e último andar do hotel, de onde se tem uma vista inigualável de todo o lago Leman e dos Alpes suíços.

Luxo e refinamento, uma decoração suntuosa e um extraordinário conforto capaz de satisfazer aos mais requintados também estão entre os atributos do local.

Longas estadas

"As estadas frequentes nessa suíte vão desde uma noite até dois meses e meio", afirma Fabienne Newhart, diretora de relacionamento com os clientes. Um exemplo desse longo período de diárias são os membros da família real saudita, que costumam passar ali "dois meses hospedados, porque esta é sua segunda residência", brinca Newhart.

O rei saudita não é o único nobre que já desfrutou desses 'soberanos' aposentos. Outros hóspedes de sangue azul que por ali passaram foram o rei e a rainha da Jordânia, a família real do Marrocos, o xeque Khalifa bin Zayed bin Sultan al-Nahyan dos Emirados Árabes Unidos, o rei do Barein e o príncipe Albert de Mônaco.

 


Políticos como o ex-presidente americano Bill Clinton, o ex-vice-presidente Al Gore e o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, também usufruíram dessa pomposa acomodação de Genebra.

Mas se as hospedagens mais longas não costumam superar dois meses e meio, Newhart lembra um caso excepcional: o de Gulnara Karimova, a 'filhota' do presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, que ficou seis meses no apartamento. "A senhora Karimova permaneceu nesta suíte seis meses porque estava fazendo obras em sua residência de Cologny (cidade próxima a Genebra e às margens do lago onde residem muitos milionários)", lembra a diretora, com pasmosa naturalidade.

Diga-se de passagem, a onipresente primogênita do presidente uzbeque reside entre a Espanha, onde é embaixadora de seu país, e a Suíça, onde também representa a ex-república soviética perante a ONU em Genebra, além de ser igualmente embaixadora na França.

Entre os sete banheiros da suíte: móveis de mármore e arabescos, hammam (banho turco) particular, jacuzzi (banheira de hidromassagem), televisão e espetacular vista para o Leman e os Alpes.

E entre as últimas novidades instaladas na Royal Penthouse está uma sala de ginástica equipada com todos os aparelhos necessários para não ter de sair do recinto e frequentar uma academia com os populares.

Um caso que manchou a suíte

Mas nem tudo é luxo e glamour neste requintado hotel às margens do Leman, que já foi palco de um escândalo repercutido internacionalmente. Assim como a pompa do estabelecimento é digna de chefes de Estado e famílias da nata mundial, o mesmo serve para o que de ruim aconteceu por ali.  


Não é nenhum segredo que no hotel President Wilson estava hospedado no verão de 2008 - como em anos anteriores - Hannibal Kaddafi, um dos filhos do ditador líbio, Muammar Kaddafi. Em julho daquele ano, o caçula do controverso líder árabe passava alguns dias no hotel com a esposa grávida, quando foi acusado de maus-tratos por duas empregadas domésticas e levado à delegacia.

A breve detenção de Hannibal Kaddafi, durante 24 horas, causou uma grave crise diplomática entre Líbia e Suíça, que só começou a ser resolvida após a libertação, no último 13 de junho, de um executivo suíço retido em Trípoli desde então. "Nós não tivemos nada a ver com a acusação. Não fomos nós que chamamos a Polícia", asseguram os funcionários de relações públicas do hotel.

A polêmica não ocorreu na monumental Royal Penthouse, mas em uma suíte mais modesta. Kaddafi estava hospedado na "Júnior", cuja diária chega a US$ 3.166. Esse preço, num fim de semana, pode cair a US$ 1.480 para atrair maior ocupação para o hotel em dias de pouco movimento em Genebra.

O forte da cidade são congressos de autoridades mundiais, encontros de trabalho e turismo de negócios, uma oscilação que lembra lugares como Brasília, onde o vazio toma conta nos domingos. Por isso, ainda não é fácil para os hotéis genebreses vender diárias para turismo de lazer. Se o hotel President Wilson já se limita aos que podem pagar diárias acima dos US$ 1 mil, o movimento de sua mais luxuosa suíte deve continuar restrito a líderes, nobres e celebridades.

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