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Desafio agora é aumentar rentabilidade, diz Banco do Brasil

O banco irá se concentrar na melhora do nível de rentabilidade no ano que vem e não planeja mudar política de remuneração aos acionistas

Agência do Banco do Brasil: "aumentar a rentabilidade é foco total do banco", disse vice-presidente (Pilar Olivares/Reuters)

Agência do Banco do Brasil: "aumentar a rentabilidade é foco total do banco", disse vice-presidente (Pilar Olivares/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 20h18.

São Paulo - O Banco do Brasil sinalizou nesta quinta-feira que pretende voltar a perseguir indicadores de rentabilidade mais próximos aos de seus concorrentes privados e que não mais planeja reduzir o montante do lucro que distribui aos acionistas na forma de dividendos.

"Aumentar a rentabilidade é foco total do banco", disse Monteiro durante encontro com investidores e analistas, disse o vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro, em reunião com analistas da Apimec.

Nos últimos dois anos, seguindo a orientação do seu controlador, o governo federal, para ampliar a oferta de crédito, o banco entrou num ciclo mais rápido de expansão, o que lhe rendeu aumento da participação de mercado, porém com margens de lucro menores.

Com isso, a rentabilidade sobre patrimônio líquido, que mede como os bancos remuneram o capital de seus acionistas, caiu progressivamente. O argumento do banco era que, com o juro mais baixo da economia, os bancos teriam que conviver com rentabilidade menor. Na mínima, a Selic chegou a 7,25 por cento ao ano.

No entanto, a taxa básica voltou a subir, dentro dos esforços do Banco Central para conter a alta da inflação. Na véspera, o BC elevou a Selic em 0,5 ponto, para 11,75 por cento ao ano.

No terceiro trimestre, a rentabilidade sobre patrimônio do BB foi de 15,5 por cento, enquanto a do Bradesco foi 20,4 por cento e a do Itaú Unibanco, de 24,7 por cento.

O BB também desistiu de mudar sua política de distribuir 40 por cento do lucro em remuneração aos investidores.

Em maio, Monteiro levantara essa possibilidade, como forma de o banco reter mais recursos para fortalecer sua posição de capital.

Inadimplência

Monteiro disse que o BB está atento aos indicadores de inadimplência da carteira de pequenas e médias empresas, segmento para o qual o banco desacelerou suas concessões, justamente temendo deterioração da qualidade da carteira.

Executivos do banco disseram no encontro com analistas que testes internos de estresse mostraram que o banco não deve ter perdas significativas com o setor elétrico, mesmo se houver uma crise mais acentuada do segmento.

*Atualizada às 21h18 do dia 04/12/2014

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