Negócios

Depois de queda do lucro, Oi irá cortar custos

Ações permitirão consolidar a presença da operadora no Brasil, segundo Bayard Gontijo, presidente da Oi para o país


	Ações permitirão consolidar a presença da operadora no Brasil, segundo Bayard Gontijo, presidente da Oi para o país
 (Divulgação/Oi)

Ações permitirão consolidar a presença da operadora no Brasil, segundo Bayard Gontijo, presidente da Oi para o país (Divulgação/Oi)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 13 de novembro de 2014 às 14h55.

São Paulo - Para melhorar o balanço patrimonial, a Oi irá reduzir custos operacionais e administrativos e vender ativos não estratégicos. Essas ações permitirão consolidar a presença da operadora no Brasil, segundo Bayard Gontijo, presidente da empresa para o país.

Em divulgação de resultados para acionistas hoje, 13, Gontijo disse que “assume o cargo em momento de risco”. Segundo ele, que assumiu o cargo há pouco mais de um mês, os três primeiros trimestres do ano foram difíceis, por conta de eventos externos e pelo cenário macroeconômico.

Essa turbulência explica a queda no lucro da empresa. O lucro líquido consolidado foi de R$5 milhões, frente a R$172 milhões registrados um ano antes. 

O Ebitda, que caiu 20% em relação ao ano passado, foi penalizado por causa do fraco desempenho da receita. A turbulência ao redor do processo de fusão com a Oi e as propostas de compra da Portugal Telecom “tem sido um obstáculo para o negócio”, afirmou Gontijo.

Nos próximos trimestres, a meta da gestão de Gontijo é cortar excessos e diminuir custos. Entre as ações para reduzir o consumo de caixa, a companhia irá renegociar contratos com fornecedores e otimizar a infraestrutura, compartilhando-a com parceiros, como já é feito com a Tim.

Vender ativos não estratégicos também está nos planos da Oi, como sua participação na Africatel

“Reduzir custos da empresa, principalmente os administrativos”, é outra meta de Gontijo. No começo desta semana, ele demitiu 150 executivos. O objetivo é garantir agilidade nos processos de decisão e, assim, deixar a companhia mais competitiva para enfrentar o cenário de forte competição do setor.

Gontijo comentou as propostas recebidas pela Apax Partners LLP em conjunto com Bain Capital LLP pela PT Portugal SGPS, pela Altice e pela Terra Peregrin pela holding portuguesa. “[As propostas demonstram que os ativos da Oi, coletivamente, valem muito mais que o valor de mercado atual”, disse ele.

Ele afirmou que a empresa não está inclinada a nenhuma das propostas em especial, e que tomará a decisão de forma a “gerar o máximo de valor para os acionistas e abrir caminho para a consolidação do setor no Brasil”.

A venda desses ativos terá dois propósitos específicos: a consolidação da Oi no Brasil e a diminuição da dívida da empresa, que atinge R$ 46 bilhões. Para Gontijo, a Oi pretende ser a pioneira na consolidação do setor de telecomunicações no Brasil.

Acompanhe tudo sobre:3GBrasil TelecomEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas portuguesasgestao-de-negociosOiOperadoras de celularPortugal TelecomResultadoServiçosTelecomunicaçõesTelemar

Mais de Negócios

Maria Isabel Antonini assume como CEO do G4 Educação no lugar de Tallis Gomes

Elon Musk ou Steve Jobs? Responda perguntas e veja qual seu estilo de inovação

De vencedora a vencida: o que a queda da Blockbuster para Netflix revela sobre liderança e inovação

Ele transformou a empresa num "grande laboratório de testes". Hoje, faz R$ 217 milhões e mira o IPO