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Depois da Alphabet, quem serão as próximas trilionárias?

Chegada da controladora do Google ao valor de 1 trilhão coroa a “década de ouro” das empresas de tecnologia

Pichai, presidente da Alphabet: companhia-mãe do Google vai conseguir se manter no clube das trilionárias? (Justin Sullivan/Getty Images)

Pichai, presidente da Alphabet: companhia-mãe do Google vai conseguir se manter no clube das trilionárias? (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 16h32.

Última atualização em 17 de janeiro de 2020 às 22h10.

Depois que a Alphabet chegou ao valor de 1 trilhão de dólares na bolsa, duas questões pairam sobre o mercado nesta sexta-feira 17. A primeira é se a controladora do Google vai conseguir manter as ações a este preço. E, rompida esta barreira, os investidores já começam a se perguntar quem será a próxima empresa a fazer parte do clube do trilhão.

A ação da Alphabet fechou o pregão desta quinta-feira 16 a 1,451,70 reais, alta de 0,87% e o suficiente para avaliar a empresa em 1,001 trilhão de dólares. A companhia se juntou ao grupo de trilionárias que tem as americanas Apple e Microsoft, de tecnologia, e a petroleira saudita Saudi Aramco, a mais valiosa do mundo. Por volta das 13h desta sexta-feira, a ação da Alphabet subia 0,9%, mantendo a empresa com avaliação de 1 trilhão.

Mas se chegar ao trilhão é difícil, permanecer neste patamar é igualmente desafiador. A Apple foi a primeira com esse valor, em 2018. Já a varejista Amazon rompeu a barreira do trilhão meses depois da Apple, sendo a segunda a conseguir o feito, mas caiu nos dias seguintes e hoje vale “somente” 928 bilhões de dólares.

Nesse vai e vem, é justamente a Amazon a provável próxima trilionária nos mercados mundiais. Cada ação da varejista vale hoje quase 1.888 dólares, e a empresa voltaria a valer 1 trilhão se o papel tiver uma alta nada impossível de cerca de 7% nos próximos meses. Outra na fila é o Facebook. Mas a empresa, que é a quinta maior do mundo e quarta maior dos EUA, está mais longe do trilhão do que a Amazon: a companhia fundada por Mark Zuckerberg vale cerca de 632 bilhões de dólares.

De qualquer forma, parece apenas questão de tempo até que todas as cinco maiores empresas dos Estados Unidos — Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon e Facebook, em ordem de valor — cheguem ao preço de 1 trilhão. A bolsa está aquecida: juntas, essas empresas ganharam 1,8 trilhão de dólares em valor de mercado desde o começo de 2019. A alta também reflete a abundância de capital ao redor do mundo, em um cenário de juros baixos e que aumentou o apetite por investimentos mais arriscados, tanto em startups quanto em ações de grandes empresas.

Das dez maiores empresas do mundo, só a líder Saudi Aramco, o fundo Berkshire Hathaway e o banco JPMoran Chase não são de tecnologia. Além das americanas, completam a lista das dez mais valiosas as companhias de tecnologia chinesas Alibaba (sétima maior do mundo, com valor de pouco mais de 600 bilhões de dólares) e Tencent (oitava maior, com 500 bilhões de dólares).

No médio prazo, as grandes empresas podem ver uma queda em seu valor de mercado caso os investidores na bolsa tornem-se mais avessos ao risco. Ao mesmo tempo, essas companhias sofrerão cada vez mais pressão para seguir se antecipando às tecnologias do futuro, de realidade virtual a carros voadores — e gastando muito dinheiro para tal. Sem contar as pressões governamentais em temas como privacidade e monopólios.

No trilionário mundo da tecnologia, o valor de mercado é cada vez maior, mas os desafios, também.

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