Novartis: multinacional da indústria farmacêutica admitiu ter contratado Cohen em fevereiro de 2017, poucas semanas depois de Trump assumir o cargo (Gianluca Colla/Bloomberg/Bloomberg)
AFP
Publicado em 13 de julho de 2018 às 16h58.
Os vínculos do laboratório suíço Novartis com o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, eram muito mais próximos do que a multinacional admitiu, afirmam quatro senadores democratas em relatório divulgado nesta sexta-feira (13).
Cohen teria tentado se aproveitar de sua proximidade com o presidente Donald Trump para obter favores de várias empresas, em troca de aproximá-las da Casa Branca.
Suas ações também estão sendo investigadas pelo procurador especial Robert Mueller, que lidera uma investigação pelo possível conluio entre a equipe de campanha de Trump e a Rússia para influenciar nas eleições de novembro de 2016, embora não tenha sido acusado nesta investigação.
Em maio, a Novartis Invertments, multinacional da indústria farmacêutica admitiu ter contratado Cohen em fevereiro de 2017, poucas semanas depois de Trump assumir o cargo, para aconselhar o presidente sobre "como o governo de Trump devia tratar certos aspectos em matéria de saúde".
O contrato de 100 mil dólares mensais foi contestado um ano depois por razões legais, de acordo com a empresa.
Mas, contrariando as versões da Novartis de que só teve uma reunião com Cohen em março de 2017, o relatório do Senado aponta a troca de várias ligações telefônicas e e-mails entre o advogado nova-iorquino e Joe Jimenez, presidente da Novartis.
Em nota, a empresa disse que "não está de acordo" com o que o relatório afirma e insiste que foi Cohen quem teve a iniciativa de ter as conversas, que teriam ocorrido sempre em um nível informal.