Petrobras: diretor financeiro voltou a defender cumprimento da meta de redução da alavancagem (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2014 às 15h12.
Rio e São Paulo - O plano de demissões voluntárias da Petrobras alcançou, até o fim do segundo trimestre, a marca de 3,102 mil funcionários, mas ainda há um contingente grande, para o segundo semestre, a deixar a empresa, já que o total de adesão foi de 8,298 mil empregados.
A saída de provisão para pagamentos dentro do plano de demissão voluntária, entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, foi o principal motivo para a melhora do lucro operacional da empresa no período de abril a junho, comparado a janeiro a março.
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, voltou a defender nesta segunda-feira, 11, o cumprimento da meta de redução da alavancagem da companhia até o final de 2015, saindo do atual patamar de 3,96 vezes para 2,5 vezes, nível considerado ideal pelo Conselho de Administração.
De acordo com o diretor, a confiança na meta parte do próprio conselho nas reuniões mensais, quando são demonstradas as necessidades da companhia pela "paridade" de preços de combustíveis.
"Em relação à alavancagem medida pela dívida liquida sobre Ebtida, continuamos a afirmar que vamos sim chegar a nossa projeção no final de 2015. Essa é uma afirmativa que não decorre só da diretoria, mas também do conselho", afirmou Barbassa.
Ainda assim, o diretor reforçou que o alcance das metas para indicadores financeiros da companhia passa pela convergência de preços de importação e revenda de combustíveis no mercado doméstico. "A nossa busca pela paridade também continua sendo feita através dessas reuniões de Conselho".
Segundo Barbassa, o crescimento da produção já indica "uma alavanca importante" para alcançar os resultados. Ele também destacou que o uso de recursos para fins operacionais caiu "significativamente" no trimestre. "Isso já demonstra uma menor utilização de recurso de terceiros e com isso, estamos trabalhando com o intuito de chegar a alavancagem de 2,5 ao final de 2015", completou.
Câmbio
O diretor financeiro também comentou o impacto da variação cambial na relação de alavancagem medida pelo endividamento sobre a capitalização da companhia. De acordo com o balanço divulgado na última semana, a alavancagem sobre a capitalização alcançou o patamar de 40% no segundo trimestre. De acordo com Barbassa, a meta da companhia é chegar a 35% nos próximos anos.
"Essa alavancagem é medida em reais, mas grande parte da nossa divida é medida em dólar. Temos que ver a contribuição do câmbio para nessa medida de alavancagem. Para a gente atingir plenamente os 35% de alavancagem tem um pressuposto também de performance do câmbio favorável. Mas vamos atingir", reforçou.