Negócios

Delta reforçará parceria com Gol Linhas Aéreas

A Delta afirmou que pretende aumentar o número de serviços para clientes, mas não aumentar participação na Gol


	Delta Air lines: a empresa possui três voos para São Paulo e pretende adicionar outro à lista no ano que vem
 (Scott Olson/Getty Images)

Delta Air lines: a empresa possui três voos para São Paulo e pretende adicionar outro à lista no ano que vem (Scott Olson/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 15h42.

São Paulo - A Delta Air Lines vê grande crescimento na aviação comercial no Brasil nos próximos anos e, por causa disso, vai reforçar sua parceria com a Gol Linhas Aéreas. A Delta, que no ano passado aplicou US$ 100 milhões na empresa brasileira, busca capitalizar o investimento ao aumentar o número de serviços para seus clientes, como o recente compartilhamento de benefícios a viajantes frequentes por meio dos programas SkyMiles, da companhia norte-americana, e Smiles, da Gol.

"Uma parceria com uma empresa como a Gol exige que construamos essa cooperação e coloquemos isso em prática", afirmou o vice-presidente sênior da Delta, Tony Charaf, que está no Brasil em sua primeira visita desde que assumiu a chefia do escritório de Cargas, em agosto passado.

A Delta descarta aumentar sua participação na Gol - atualmente a aérea norte-americana é dona de 3% do capital da brasileira. Segundo o diretor da Delta no Brasil, Christophe Didier, a Gol é uma parceria estratégica. "A Delta não tem intenção de aumentar participação na Gol, apenas assegurar o mínimo para trabalharmos juntos. Não é um investimento financeiro."

Os executivos veem o mercado brasileiro com grande expectativa. Para Didier, o País mudou e um mercado antes considerado local e regionalizado agora é disputado por grandes companhias aéreas. "Entre 2002 e 2012 o número de brasileiros que viajaram para Nova York cresceu 11 vezes", cita o diretor, lembrando, ainda, que até alguns anos atrás a companhia tinha apenas um voo no Brasil, de São Paulo a Nova York, e hoje possui cinco. "Para São Paulo havia apenas um voo; agora temos três e estamos atrás de um quarto no ano que vem."

Didier não opinou sobre a estratégia brasileira de conceder os maiores aeroportos do País para a iniciativa privada, mas comemorou o fato de que o objetivo do governo federal é aumentar a infraestrutura aeroportuária. "Estamos satisfeitos que haja uma decisão para a construção de infraestrutura em aeroportos, o que vai ampliar oportunidades", disse. "O poder de compra do Brasil está crescendo vertiginosamente e pessoas estão viajando mais. Vamos continuar a crescer, não importa como o Brasil está se organizando", completou Charaf.

Tanto ele quanto Didier não forneceram uma meta de crescimento específico para o Brasil, mas nas operações de carga o objetivo da empresa é alcançar um crescimento global levemente superior ao de 2012, incluindo as operações no País. "Buscamos um pequeno aumento em 2013 sobre 2012, na casa de um dígito", disse Charaf.

A receita com cargas da Delta em 2012 caiu 4% ante 2011, o equivalente a US$ 37 milhões. A estratégia da empresa é aumentar a rede de parcerias no mundo e a frota de aeronaves no transporte de cargas. "Quando crescemos nos nossos negócios com transporte de passageiros crescemos também no transporte de carga", afirmou o chefe da área. Os investimentos globais da Delta nos últimos três anos chegam a US$ 2 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasConstrutora DeltaDelta Air LinesEmpresasEmpresas americanasEmpresas brasileirasGol Linhas AéreasServiçosSetor de transporte

Mais de Negócios

Aos 23, ele rejeitou US$ 3 bilhões do Facebook. Hoje, sua empresa vale cinco vezes esse valor

Bertani, a joia do Vêneto, renova presença no Brasil com apoio da Casa Flora

Novo 'OnlyFans' brasileiro quer que conteúdo pago 'saia do submundo'

'As redes sociais nos desconectaram daquilo que mais importa', diz fundador do Orkut