Delta: a empresa explicou que esses aviões podem transportar até 197 passageiros e consomem 12% menos combustível (Karen Bleier/AFP)
AFP
Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 16h24.
A Delta Airlines encomendou 100 A321neo da Airbus por 12,7 bilhões de dólares, uma derrota para a americana Boeing, que tinha grandes esperanças de conseguir esse contrato.
Em um comunicado publicado nesta quinta-feira, a companhia aérea indicou que optou por outras cem aeronaves.
O começo da entrega dos aparatos, equipados com motores Pratt e Whitney, cujo atraso na produção custou diversos contratos à Airbus, está previsto para entre 2020 e 2023.
A Delta explicou que esses aviões podem transportar até 197 passageiros e consomem 12% menos combustível, em comparação com os clássicos A321, o que vai lhe permitir renovar sua frota de médio alcance.
"Essa é a transação correta no momento adequado para nossos clientes, nossos funcionários e nossos acionistas", disse o CEO da Delta, Ed Bastian, em um comunicado.
O contrato aumenta a participação de mercado da Airbus no segmento de aeronaves de corredor único e destaca as tensões atuais entre a Delta e a Boeing.
A encomenda da Delta foi anunciada em meio a uma briga pública entre a companhia e a gigante aeronáutica americana por uma disputa comercial que envolve outra compra de aeronaves entre a linha aérea e a fabricante canadense Bombardier.
A Boeing argumenta que os aviões estão subvalorizados devido a subsídios ilegais do governo canadense à Bombardier.
A fabricante anunciou em outubro uma aliança de produção com a Airbus, que dá participação do programa dos C-Series da Bombardier à europeia.
A Delta já disse que não vai pagar nenhuma taxa extra cobrada pelo governo americano em resposta às queixas da Boeing.