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Delta Air Lines prevê prejuízo de R$ 543 milhões devido às Olimpíadas de Paris

Companhia aérea americana enfrenta queda na demanda de viagens a negócios para Paris durante os Jogos Olímpicos

Delta prevê prejuízo altíssimo com turistas evitando Paris por causa dos Jogos Olímpicos. (Delta/Divulgação)

Delta prevê prejuízo altíssimo com turistas evitando Paris por causa dos Jogos Olímpicos. (Delta/Divulgação)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 15 de julho de 2024 às 06h54.

Última atualização em 15 de julho de 2024 às 07h22.

A Delta Air Lines estima que as Olimpíadas de Paris vão resultar em um prejuízo de cerca de R$ 543 milhões (US$ 100 milhões) em suas receitas, devido à redução na demanda por viagens para a cidade durante o evento esportivo. A empresa havia registrado um segundo trimestre recorde em receitas, mas espera uma queda significativa durante os Jogos. As informações são da CNBC e QZ.

O presidente da Delta, Glenn Hauenstein, explicou que as Olimpíadas geralmente não são positivas para as receitas das companhias aéreas, uma vez que os turistas que viajam para assistir aos jogos não geram tanto lucro quanto os viajantes a negócios. Segundo ele, as Olimpíadas não beneficiam a receita das companhias aéreas, pois a maioria dos viajantes de negócios evita a cidade durante o evento, resultando em uma queda na demanda.

No início deste mês, a Air France, parceira da Delta, também anunciou uma redução nas receitas devido às Olimpíadas, estimando um impacto de R$ 1,34 bilhão (193 milhões de euros). A Delta obtém aproximadamente 20% de sua receita anual de passageiros em voos transatlânticos, e a demanda reduzida nesse segmento é preocupante.

Impacto nas operações

A Delta prevê que o impacto negativo das Olimpíadas nas receitas deve diminuir no outono. Após os Jogos Olímpicos, a empresa espera uma recuperação robusta na demanda para o outono transatlântico.

A Delta tem o maior número de voos entre companhias aéreas americanas para Paris e mantém uma joint venture com a Air France. Juntas, as duas empresas detêm aproximadamente 70% do mercado de voos diretos entre os EUA e a França, segundo a consultoria ICF.

A demanda por viagens internacionais para Paris está significativamente abaixo da média de junho a agosto, conforme a Air France-KLM. Muitos residentes da França estão adiando suas férias até após os Jogos Olímpicos ou considerando alternativas de viagem.

Apesar da previsão de queda na demanda durante o período das Olimpíadas, a Delta e a Air France-KLM esperam uma recuperação na procura por voos para Paris após o evento, que ocorre de 26 de julho a 11 de agosto. Durante o período dos Jogos, há uma certa hesitação, mas a demanda deve se recuperar após o evento. A Air France-KLM tem uma previsão semelhante.

Aumento nos preços de hospedagem

Outro fator que pode estar afastando turistas de Paris no meio do verão é o aumento nos preços dos hotéis. A empresa de dados hoteleiros STR prevê que a receita por quarto disponível em hotéis de luxo na Cidade Luz deve aumentar até 45% em julho e agosto, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, Londres deve registrar um aumento de 3% a 5% e Roma de 2% a 4%.

Muitos viajantes já estavam mudando suas férias na Europa para além da temporada de verão tradicional. Isso oferece às companhias aéreas a oportunidade de gerar mais receitas fora dos períodos de pico habituais. A Delta vê a temporada se estendendo, com um grupo de pessoas que não tem preocupações com o calendário escolar aproveitando para viajar em setembro e outubro, quando o clima é mais ameno e as atrações estão menos lotadas.

A Delta também está observando um aumento nas viagens para o Japão, em grande parte devido à taxa de câmbio favorável para os turistas americanos. Com a desvalorização do iene, os turistas dos EUA encontram uma oportunidade mais acessível para visitar o Japão e aproveitar suas atrações.

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