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Dell investirá mais em PC e tablet depois de fechar capital

Segundo fundador, companhia deverá atingir meta com expansão da cobertura de vendas e crescimento de sua rede de distribuição

Notebook da Dell em uma loja de departamentos: companhia irá se focar mais no usuário final (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

Notebook da Dell em uma loja de departamentos: companhia irá se focar mais no usuário final (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 17h21.

Austin - Michael Dell garantiu a aprovação dos acionistas na quinta-feira para a sua oferta de 25 bilhões de dólares para comprar e fechar o capital da Dell, encerrando meses de conflito amargo com os maiores investidores da empresa e remover a incerteza envolvendo a terceira maior fabricante de PCs do mundo.

A empresa planeja investir nos mercados de computadores pessoais (PCs) e tablets, com a expansão da cobertura de vendas e crescimento de sua rede de distribuição, disse o fundador e presidente-executivo Michael Dell, em teleconferência após a votação dos acionistas.

A computação para o usuário final, definida como dispositivos do tipo PCs e tablets, continua a ser um foco importante para a empresa, apesar do rápido declínio do mercado mundial de computadores pessoais, disse o presidente a jornalistas brevemente, sem dar mais detalhes ou responder perguntas.

"Investimento incremental significativo" é necessário para a recuperação da empresa, e ter dois investidores privados fortes ajudará a reestruturação, acrescentou.

Acionistas votaram em uma reunião especial na quinta-feira de manhã em Round Rock, Texas. Com base nos resultados preliminares, foi dado o aval para a compra e o negócio deverá ser concluído antes do final do terceiro trimestre fiscal.

O ritmo de transformação interna da empresa deve agora acelerar. Selar o acordo também deve amenizar a crescente desconfiança dos clientes em relação à direção que a empresa tomava durante uma batalha pública na qual grandes investidores em Wall Street Southeastern Asset Management, T. Rowe Price e Icahn se opuseram ao presidente.

"Nós ainda temos um longo caminho a percorrer e muitos desafios para atingir", disse o fundador da empresa. "Mas sob uma nova estrutura de empresa privada, teremos a flexibilidade para acelerar nossa estratégia e buscar o investimento orgânico e inorgânico, sem escrutínio, metas trimestrais e outras limitações de operar como uma empresa aberta".

Perguntado se haverá demissões em um futuro próximo, o vice-presidente financeiro Brian Gladden disse que haverá um "re-alinhamento" da empresa, sem dar mais detalhes.

Dell, que fundou a companhia de um dormitório da faculdade em 1984, e seu parceiro Silver Lake lutaram durante meses para convencer os investidores céticos de que sua oferta era a melhor opção. Nesta semana, ele ganhou a batalha após um de seus mais ferrenhos adversários, o investidor ativista Carl Icahn, retirar-se do conflito, porque seria "impossível de vencer".

Michael Dell afirmou que reformular a sua empresa como um provedor de serviços de computação empresarial nos moldes da IBM é uma tarefa complexa e melhor executada fora dos holofotes dos mercados públicos.

"Quando o negócio for consumado, eles podem seguir em frente e fechar alguns dos grandes negócios de infraestrutura, nos quais já estavam trabalhando. Eu realmente acho que houve uma certa pausa", disse o analista da Cross Research, Shannon Cross.

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