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De vencedora a vencida: o que a queda da Blockbuster para Netflix revela sobre liderança e inovação

A queda da Blockbuster é um exemplo clássico de como a resistência à inovação pode levar ao fracasso; veja como se qualificar para tornar-se um gestor que prioriza ideias inovadoras

Netflix desbancou a Blockbuster ao adotar um modelo inovador de locação de filmes (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Netflix desbancou a Blockbuster ao adotar um modelo inovador de locação de filmes (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Guilherme Santiago
Guilherme Santiago

Content Writer

Publicado em 21 de setembro de 2024 às 10h00.

Última atualização em 25 de setembro de 2024 às 14h06.

Quem viveu os anos de 1990 e 2000 deve lembrar que as locadoras eram a sensação da época. Vasculhar as estantes cheias de VHS ou DVDs era uma das poucas formas de assistir filmes fora do cinema. Apesar da nostalgia, esse processo poderia custar caro para os consumidores: se esquecesse de rebobinar as fitas ou atrasasse a entrega, multas pesadíssimas eram cobradas.

Foi resolvendo esse problema que a Netflix, uma pequena empresa que enviava DVDs alugados por correio, desbancou a gigantesca Blockbuster, que dominava a indústria de aluguel de filmes com milhares de lojas físicas. Mas como o vencedor se tornou o vencido tão rápido? É o que contamos a seguir.

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Netflix muda o conceito de alugar filmes

A primeira loja da Blockbuster foi inaugurada em 1985, em Dallas, no Texas, Estados Unidos. Com um estoque de oito mil fitas VHS, levou pouco tempo para que a locadora se tornasse uma das maiores e mais lucrativas do mundo. Para ter ideia, no início dos anos 90, já somavam mais de mil unidades abertas.

O sucesso começou a estremecer quando a Netflix apareceu no mercado. Fundada em 1997, a empresa foi revolucionária ao permitir que o aluguel dos filmes fosse feito pela internet. Nesse novo modelo, o DVD era enviado pelo correio e devolvido da mesma forma – sem que fosse necessário se deslocar até uma loja física. Era a Netflix mudando o conceito de alugar filmes.

Mas, apesar de uma proposta bastante inovadora, ainda não foi suficiente para desbancar a Blockbuster. O verdadeiro golpe veio dois anos depois.

Uma nova estratégia mudou tudo

Em 1999, a Netflix colocou em prática um novo plano. Ao invés de cobrar dos clientes um valor por cada filme alugado, a empresa decidiu adotar o modelo de assinatura. Por uma taxa fixa, os clientes poderiam alugar quantos filmes quisessem e ficar com eles por tempo indeterminado.

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Essa nova estratégia financeira também colocava fim nas multas de atraso – uma das maiores queixas e motivo de insatisfação entre os clientes.

O modelo de assinatura da Netflix foi o que faltava para a empresa desbancar a Blockbuster de vez. Era uma estratégia que oferecia aos clientes algo quase impossível para outra corporação igualar: conveniência, praticidade, economia e acessibilidade. A combinação desses fatores aumentou a satisfação dos clientes e se traduziu em maior retenção e fidelização.

Além disso, a Blockbuster subestimou o poder da concorrente. Após manter suas cobranças por atrasos e depender de suas lojas físicas, a Blockbuster declarou falência em 2010, dando adeus a um mercado que antes dominava.

E o que isso tem a ver com inovação e liderança?

A queda da Blockbuster é um exemplo clássico de como líderes que resistem à mudança acabam sendo ultrapassados por empresas mais ágeis e inovadoras. Enquanto a Blockbuster se apegava a um modelo de negócios que funcionava no passado, a Netflix entendeu que os consumidores estavam prontos para algo novo: um serviço que atendesse às suas necessidades de conveniência.

Liderar com inovação significa antecipar tendências, estar disposto a correr riscos e, principalmente, ouvir as dores dos clientes. A Netflix identificou os pontos de frustração dos consumidores com o aluguel tradicional — multas, deslocamento e tempo limitado — e desenvolveu uma solução que, na época, parecia ousada, mas que foi o ponto de virada no setor de entretenimento.

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Blockbuster, por outro lado, ficou presa ao modelo de liderança que priorizava o status quo. Em vez de reagir rapidamente à ascensão das plataformas digitais, continuou investindo em lojas físicas e manteve um relacionamento transacional com seus clientes. O resultado foi um declínio inevitável.

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