Gil Pletsch e Leonardo Hampel, da catarinense Quiron Digital: softwares utilizados por empresas e governos para prevenção de problemas florestais (Divulgação/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 19 de setembro de 2022 às 15h00.
Última atualização em 19 de setembro de 2022 às 15h55.
Um dos principais sites de notícias dedicados aos temas inovação e tecnologia, o americano TechCrunch anunciou nesta segunda-feira a seleção da agtech brasileira Quiron Digital como uma das 200 startups mais inovadoras de 2022.
A Quiron Digital é a única empresa brasileira na lista do TechCrunch deste ano.
A empresa agora junta-se a outras 199 empresas de tecnologia, também escolhidas entre as 200 Startups do ano, que concorrerão a um prêmio no valor de 100.000 dólares divulgado no último dia do evento chamado Disrupt 2022 — Startup Battlefield 200, previsto para o fim de outubro em São Francisco, nos Estados Unidos.
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Fundada em Lages, cidade de 160.000 habitantes na região serrana de Santa Catarina, a Quiron cria tecnologias para redução do risco de queimadas e de outras ameaças florestais.
Em funcionamento desde 2021, a startup coloca de pé quatro produtos:
O negócio da Quiron começa em 2018, a partir de uma constatação do biólogo Gil Pletsch, atual CEO da Quiron, do desenvolvedor de sistemas Leonardo Hampel, CTO da companhia, e do administrador Diogo Machado, atual CMO e diretor de mercados, sobre a falta de ferramentas seguras para monitorar o risco de queimadas.
Esta é uma questão da ordem do dia para as pessoas no entorno da Quiron.
A região serrana de Santa Catarina concentra uma das principais áreas de reflorestamento no país e tem virado um polo de inovação no setor.
Grandes players do setor florestal, como Klabin e Berneck, operam por ali.
Cursos e pesquisas de ponta dedicados ao agronegócio pululam nas universidades locais.
Marcos Benedito Schimalski, professor associado de engenharia florestal no campus de Lages da Udesc, universidade pública catarinense referência nacional em pesquisas em tecnologias agro, é também um dos sócios-fundadores da Quiron.
"A curiosidade é que 95% dos clientes da Quiron atualmente estão fora do Brasil", diz Machado.
Os softwares da empresa são utilizados pelos governos de Portugal e da Grécia na prevenção de queimadas de florestas nativas por lá.
Além disso, empresas do segmento florestal do Chile, Estados Unidos e Portugal adotaram as soluções.
Em pouco mais de 12 meses de operação, a Quiron movimentou 5 milhões de reais, entre vendas de produtos e aportes de capital destinados a novas tecnologias.
Em setembro, a Quiron também foi escolhida para participar do Google for Startups Accelerator, um programa de aceleração de três meses promovido pela gigante da tecnologia com foco em negócios de sustentabilidade.
"Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, são peças fundamentais na estratégia de ação da Quiron", diz Machado.
Em março de 2021, a startup recebeu aporte de 750.000 reais da Anjos do Brasil.
A expectativa dos sócios é aproveitar a notoriedade internacional para cacifar a Quiron para novas rodadas de captação nos próximos meses.
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