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De olho nos desbancarizados, Paypal e Mercado Livre integram pagamentos

Aproximadamente 346 milhões de clientes do PayPal poderão adquirir produtos em centenas de milhares de novos comércios online

Mercado Livre: serviços de pagamento são a aposta da companhia para crescer nos próximos anos (Mercado Livre/Divulgação)

Mercado Livre: serviços de pagamento são a aposta da companhia para crescer nos próximos anos (Mercado Livre/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 30 de julho de 2020 às 12h30.

Paypal e Mercado Pago, duas empresas de meios de pagamento, integraram parte de seus serviços e contas digitais. A partir de agora, com lançamento gradual até meados de agosto, PayPal está disponível como opção de pagamento em comércios online no Brasil e no México que aceitam Mercado Pago, braço financeiro do Mercado Livre, tanto no check-out online quanto via link de pagamento.

A alternativa vai atender consumidores do Brasil e do México. Aproximadamente 346 milhões de clientes do PayPal poderão adquirir produtos em centenas de milhares de novos comércios online. Além disso, pessoas poderão receber remessas internacionais em suas contas do Mercado Pago, por meio da startup Xoom, adquirida pelo PayPal. 

Nesse primeiro momento, a parceria estará disponível apenas para transações realizadas via web, via celular ou computador, e será disponibilizada via app até o final do terceiro trimestre deste ano.

O PayPal se tornou acionista minoritário no Mercado Livre em março do ano passado, com 3% de participação, ao se comprometer com um investimento de 750 milhões de dólares. 

A partir de dezembro no ano passado, o Mercado Livre ampliou parceria com a PayPal permitindo que usuários de seu serviço de pagamentos Mercado Pago no Brasil e México possam fazer transações no restante do mundo em sites que aceitam PayPal, como pagamento. Estrangeiros que quiserem comprar no Mercado Livre também podem usar o PayPal.

"Conseguimos trazer soluções e usuários além do que cada um de nós poderia fazer separadamente", diz Paula Arregui, COO do Mercado Pago. Segundo ela, um dos objetivos é aumentar a bancarização dos usuários no Brasil e no México. "Débito não é uma opção tão evidente e há muitas pessoas não bancarizadas", diz. As duas empresas não abrem quantos consumidores ou varejistas esperam conquistar com a iniciativa.

As duas empresas ainda são rivais em meios de pagamento, mas acreditam que há espaço o suficiente para todos. "Há muito espaço no mercado online. O contexto de pandemia que vivemos favoreceu a bancarização e abriu espaço para mais inovação ainda", diz Túlio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago.

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