Márcio Dantas, Tiago Barros e João Gabriel Alkmim, fundadores da Vitta: startup, fundada em 2014, oferece uma plataforma de prontuário eletrônico e gestão de planos de saúde para clínicas médicas (Vitta/Divulgação)
Carolina Ingizza
Publicado em 26 de maio de 2020 às 20h35.
Última atualização em 30 de maio de 2020 às 00h09.
A adquirente Stone está indo muito além das maquininhas de cartão de crédito. A companhia anunciou na terça-feira, 26, que comprou a startup Vitta, plataforma de saúde que faz agendamento de consultas e atendimentos a distância, e adquiriu 50% da participação da MLabs, empresa de marketing e redes sociais. A Stone também investiu na Delivery Much e na MVarandas. Os valores não foram divulgados.
A ideia por trás da transação com a Vitta - que ainda está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Saúde - tem a ver com a capilaridade da Stone e com a necessidade de seus clientes. Hoje, a adquirente tem uma base de clientes ativos de mais de 530.000 microempreendedores e oferece a eles serviço de telemedicina da Vitta que funciona 24 horas por dia, sete dias na semana. "Muitos de nossos clientes não possuem planos de saúde satisfatórios nem para suas famílias nem para seus funcionários. Acreditamos que a Vitta criou um modelo de negócios inovador no mercado de tecnologia da saúde que combina melhores termos de negociação com o atendimento ao cliente com base em telemedicina e suporte ao WhatsApp", explica a Stone, em seu demonstrativo de resultados.
Fundada em 2014, a Vitta aposta que as consultas virtuais vieram para ficar. “Acreditamos que a técnica médica e a medicina baseada em evidências vão prevalecer e permitir a continuidade da telemedicina no Brasil”, diz João Gabriel Alkmim, presidente da startup, em entrevista à EXAME, em abril. Procurada, a companhia não quis se pronunciar sobre a aquisição.
Vitta e Stone também participam juntamente com outras companhias, como Cia. da Consulta, Rappi, Loggi, Iguatemi, Mattos Filho, XP, QR Consulting, Orbitae, Sic Works e a ONG Renovatio, do movimento “#2em2”. O intuito é comprar um batalhão de testes do novo coronavírus, disponibilizá-los ao maior número de pessoas possível e, com isso, aumentar os níveis de testagem (ainda muito baixos) no Brasil.