São Paulo – Em um shopping center do mundo real, você sabe que encontrará uma grande variedade de ofertas, com preços, marcas e qualidades díspares que garantam a concorrência.
No mundo virtual, no entanto, esses grandes centros comerciais estão sendo criados dentro do espaço de algumas das maiores varejistas do país na internet.
Há alguns meses é possível encontrar uma guitarra ou um suplemento alimentar no site do Magazine Luiza. Assim como é possível comprar um perfume ou um tênis na Dafiti.
Ultrafarma, Cnova e Extra, do Grupo Pão de Açúcar, Netshoes e Submarino são outras que seguem pelo mesmo caminho – o de se tornarem um grande marketplace online.
A ideia do negócio é simples: ofertar para outras empresas de menor visibilidade a chance de expor seus produtos nas vitrines virtuais de varejistas de renome no país.
A vantagem para as parcerias é vender em um espaço bem visitado e com credibilidade, sem precisar pagar por um custo fixo básico necessário na abertura de uma loja física ou online.
Para as grandes empresas, o custo de manutenção do site pode ser diluído e a oportunidade de atingir e fidelizar um público novo é maior.
Negócio alternativo
A tendência é a mesma seguida pelo varejo mundial para atender a geração do milênio, os jovens que preferem comprar online a preços competitivos e buscam tudo em um só lugar.
No Brasil, há ainda um outro incentivo para a maioria das empresas investir na modalidade quase que na mesma hora: a crise econômica.
“É uma maneira de um pequeno varejista expor produtos e testar sua marca sem gastar tanto e das varejistas maiores conseguirem um público novo”, diz Patricia Cotti, diretora do Ibevar.
O custo fixo de manutenção do site, armazenamento e logística das grandes varejistas também é distribuído entre todos, nesta modalidade de varejo.
“Trata-se de um jeito mais simples de rentabilizar e manter a operação de um comércio, além de uma maneira das grandes trazerem para perto delas potenciais rivais do futuro”, acredita Patricia Prado, especialista de varejo e consumo da PwC Brasil.
A convergência do varejo de lojas únicas para espaços compartilhados já pode, inclusive, ser vista no mundo físico, com cafeterias da Stabucks na Saraiva, indica Patricia.
Quem é quem
Os riscos de misturar sua marca já consolidada a outra pouco conhecida é inerente ao negócio.
Primeiro porque para os brasileiros a ideia de comprar o produto de alguém na loja de outra pessoa e ainda muito nova. Segundo, a iniciativa é realmente moderna até para os varejistas.
“A maturação desse novo formato só virá com o tempo, mas a tendência é que a economia compartilhada veio para ficar e será comum vê-la em outras áreas”, diz Prado.
Como referência neste sentido, o maior e melhor exemplo do mundo é a Amazon. Para se proteger, a varejista deixa claro quem são os parceiros que, por sua vez, são avaliados pelas pessoas que compram.
Por aqui, as varejistas terão de pensar em algo semelhante porque há um risco de se prejudicar por um atraso de entrega de um parceiro, por exemplo, acredita Cotti.
A crença é que os menores farão tudo certo, já que eles são os mais interessados em ganhar com isso.
“Os varejos parceiros sabem que essa é uma grande chance de maturar o negócio e ganhar independência em até dois anos, com uma marca forte e clientes féis”, diz ela.
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1. Expansão
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1/52 (Thinkstock/BsWei)
São Paulo - A
B2W é a maior empresa de comércio eletrônico no Brasil. Segundo
pesquisa da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), a dona dos sites dona dos sites Americanas.com, Submarino.com.br, Shoptime.com.br e Soubarato.com.br faturou 9,09 bilhões de reais em 2014, valor totalmente vindo das vendas online.
A segunda da lista é a Cnova*. Ela controla os sites Casasbahia.com.br, Pontofrio.com.br, Cdiscount.com.br, Barateiro.com e Extra.com.br e faturou 5,83 bilhões de reais no ano passado com e-commerce. As duas maiores empresas do ranking correspondem a 41,72% do comércio eletrônico brasileiro. De acordo com o estudo da |SBVC, o comércio eletrônico já existe há mais de 20 anos no Brasil, mas continua crescendo como se estivesse nos seus estágios iniciais, mais de 10% ao ano. E ainda há muito espaço para crescer. Cerca 17,6 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra online no primeiro semestre de 2015. O varejo online brasileiro fechou o ano de 2014 com um faturamento de R$ 35,8 bilhões e um crescimento nominal de 24%, de acordo com informações da E-bit. Mesmo assim, ele representou 2,91% do faturamento total do varejo no ano passado. Para compor o ranking, a SBVC usou dados divulgados em balanços e sites oficiais ou fornecidos diretamente por representantes das empresas. Já para as companhias que não abrem números, foram usadas pesquisas das consultorias Internet Retailer e Euromonitor. Confira nas imagens as 50 maiores empresas do
comércio eletrônico brasileiro.
* No caso da Cnova, o levantamento considera o faturamento líquido (e não a receita bruta) da companhia. Texto atualizado às 19h53 de 21/12/15.
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2. 1 - B2W
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2/52 (Luis Ushirobira/EXAME.com)
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3. 2 - Cnova
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3/52 (Divulgação)
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4. 3 - Magazine Luiza
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4/52 (Luísa Melo/Exame.com)
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5. 4 - Máquina de Vendas
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5/52 (Divulgação)
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6. 5 - Privalia
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6/52 (Getty Images/Getty Images)
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7. 6 - Netshoes
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7/52 (Luísa Melo/Exame.com)
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8. 7 - GFG
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8/52 (Luísa Melo/Exame.com)
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9. 8 - Saraiva
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9/52 (Wikimedia Commons)
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10. 9 - Walmart
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10/52 (Germano Lüders/EXAME)
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11. 10 - Fast Shop
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11/52 (EXAME)
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12. 11 - Bud
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12/52 (Whirlpool / Divulgação)
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13. 12 - Renner
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13/52 (Germano Lüders / VOCÊ RH)
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14. 13 - Grupo SBF
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14/52 (Divulgação)
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15. 14 - Ultrafarma
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15/52 (Divulgação)
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16. 15 - Fnac
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16/52 (.)
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17. 16 - Passarela
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17/52 (Divulgação/Facebook oficial)
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18. 17 - Posthaus
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18/52 (.)
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19. 18 - Kalunga
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19/52 (Fabiano Accorsi)
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20. 19 - Natura
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20/52 (Germano Luders/Exame)
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21. 20 - Colombo
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21/52 (Divulgação)
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22. 21 - Wine.com.br
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22/52 (Rafaella Reis / Wine)
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23. 22 - Mobly
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23/52 (Divulgação/Mobly)
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24. 23 - Polishop
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24/52 (Divulgação/Facebook oficial)
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25. 24 - Leroy Merlin
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25/52 (Arthur Jacob/Wikimedia Commons)
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26. 25 - Panvel Farmácias
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26/52 (Tamires Kopp)
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27. 26 - Grupo Boticário
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27/52 (Divulgação)
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28. 27 - Bebê Store
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28/52 (Germano Lüders/EXAME)
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29. 28 - Livraria Cultura
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29/52 (Bia Parreiras/EXAME.com)
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30. 29 - Grupo Soma
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30/52 (Divulgação)
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31. 30 - Avon
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31/52 (Exame.com/Karin Salomão)
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32. 31 - Adidas.com
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32/52 (Reprodução)
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33. 32 - Lojas Marisa
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33/52 (Alexandre Battibugli/Exame)
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34. 33 - Supermercados Zona Sul
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34/52 (Getty Images)
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35. 34 - Netfarma
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35/52 (Divulgação/Facebook oficial)
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36. 35 - Angeloni
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36/52 (Divulgação/A. Angeloni)
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37. 36 - Lojas Koerich
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37/52 (Divulgação/Facebook oficial)
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38. 37 - Telha Norte
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38/52 (Divulgação)
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39. 38 - MadeiraMadeira
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39/52 (Marcelo Almeida/EXAME)
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40. 39 - Hering
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40/52 (Divulgação)
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41. 40 - Zelo
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41/52 (Divulgação/Facebook oficial)
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42. 41 - Di Santinni
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42/52 (Divulgação/Facebook oficial)
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43. 42 - Ri Happy
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43/52 (.)
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44. 43 - Arezzo
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44/52 (Divulgação/Arezzo)
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45. 44 - Época Cosméticos
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45/52 (Reprodução)
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46. 45 - Inbrands
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46/52 (Pilar Olivares/Reuters)
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47. 46 - Berlanda
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47/52 (Zoonar/N.Okhitin/Thinkstock)
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48. 47 - Camicado
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48/52 (LIA LUBAMBO)
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49. 48 - Drogaria Onofre
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49/52 (Divulgação)
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50. 49 - Doce Beleza
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50/52 (Thinkstock)
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51. 50 - Le Postiche
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51/52 (Divulgação)
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52. Leia agora
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52/52 (Thinkstock)