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Dasa busca aquisições para ganhar mercado e mais rentabilidade

Empresa de medicina diagnóstica vai pagar mais de R$ 1,9 bilhão para adquirir a MD1 Diagnósticos

Um dos laboratórios que pertencem a Dasa: setor cresce 9% ao ano (Heudes Regis/ Veja SP)

Um dos laboratórios que pertencem a Dasa: setor cresce 9% ao ano (Heudes Regis/ Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 14h07.

São Paulo - A Diagnósticos da América SA, empresa especializada em medicina diagnóstica, quer aumentar sua participação no mercado e melhorar a rentabilidade por meio de aquisições.

“Temos vários negócios no pipeline”, disse o vice- presidente corporativo da empresa, Carlos Alberto Bezerra de Moura, em entrevista hoje por telefone. “Nossa máquina de aquisições está funcionando”.

A empresa, com sede em Barueri, disse em comunicado ontem que vai emitir R$ 1,83 bilhão em novas ações para comprar a MD1 Diagnósticos SA. O acordo inclui também pagamento de R$ 88,2 milhões em dinheiro. A Dasa avaliou a MD1 em R$ 1,98 bilhão. Com essa transação, a empresa passa a deter 11 por cento do mercado de medicina diagnóstica, disse Moura. A MD1 vai ter uma participação de 26 por cento no capital da Dasa.

A Dasa quer se expandir em um mercado que vem crescendo a uma taxa de 9 por cento ao ano desde 2008, segundo Moura. A empresa busca laboratórios que tenham uma distribuição geográfica complementar à atual, disse Moura. Em outubro, a Dasa acertou a compra do Instituto de Endocrinologia e Medicina Nuclear de Recife Ltda., conhecido como Cerpe, por R$ 52,5 milhões.

A Dasa caía 2,1 por cento, negociada a R$ 22,21, às 14h36. A ação subia 1 por cento, às 11h07.

‘Uma das consolidadoras’

“Faz sentido a Dasa ser uma das consolidadoras desse mercado”, disse Hersz Ferman, que ajuda a administrar R$ 62 milhões em ativos na Yield Capital no Rio de Janeiro. “É uma das maiores, tem acesso a crédito mais fácil do que outras menores, consegue pegar dinheiro emprestado no mercado para financiar as aquisições”.

Os possíveis alvos devem ter alinhamento de interesse dos controladores e precisam possuir uma marca sólida, disse Moura.
“Minas Gerais é uma lacuna; interior de São Paulo é uma lacuna; existem vários pontos possíveis” de crescimento por meio de aquisição, disse Moura.

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